“As coisas têm de ser colocadas no devido lugar”, disse Madeleine LacskoA jornalista Madeleine Lacsko, comentarista do UOL News, compartilhou um trecho de sua avaliação sobre a postura da primeira-dama Janja, que afirmou não ter direito a um gabinete formal no Palácio do Planalto por mero “machismo”.
A declaração de Janja foi feita durante entrevista à CNN, no último domingo (17), em que ela citou exemplos de países como Estados Unidos, México e Paraguai, que concedem uma estrutura oficial para as primeiras-damas. Questionada sobre suas ambições políticas, Janja negou e declarou que isso não faz parte dos seus planos. “Talvez eu ainda queira viver muitas outras coisas com o meu marido”, destacou.
Críticas de Madeleine Lacsko
A jornalista mencionou o evento “Janjapalooza” como exemplo da participação pública da primeira-dama e acrescentou: “Eu acho que todo bônus tem que ter ônus. Ela goza de uma posição onde tem direitos e não tem deveres. Isso é uma exceção, é um lapso, é um senhor de outra era. É uma mulher de uma outra geração, que acha pertinente que o casamento seja a via de mobilidade social e de aquisição de poder.
Mas não é assim que tem acontecido com a maioria das mulheres brasileiras. Esse tempo já ficou para trás. E nós mulheres precisamos botar o pé na porta para que esse tempo não volte. Quem tinha de estar ali no tal do Janjapalooza era a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Quando o Lula tinha como ministro da Cultura o Gilberto Gil, quem aparecia nos eventos era o Gilberto Gil ou a dona Mariza? Então, as coisas têm de ser colocadas no devido lugar. Porque o Gilberto Gil era homem ele era mais respeitado? É muito triste a gente ver esse retrocesso”, comentou a jornalista.
Repercussão
O comentário de Lacsko gerou discussões sobre o papel das primeiras-damas e a importância da representação feminina no poder, destacando a necessidade de um equilíbrio entre direitos e deveres nas funções públicas.