O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou a população para um “grande ato pela anistia” no próximo dia 6 de abril, às 14h, na Avenida Paulista, em São Paulo.
O objetivo da mobilização é pressionar o Congresso Nacional a votar a favor de uma proposta de anistia aos presos pelos atos de 8 de Janeiro de 2023, que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A convocação foi feita por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, onde Bolsonaro reforça a necessidade de comparecimento em massa ao evento.
Ato deve repetir mobilização de Copacabana
Bolsonaro busca repetir o sucesso da manifestação realizada em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março, que reuniu uma multidão em defesa da anistia e contou com a presença de aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
O ex-presidente acredita que a pressão popular pode acelerar a tramitação da proposta no Legislativo.
Declarações em defesa da anistia
Durante o discurso no ato do Rio, Bolsonaro afirmou que já haveria apoio parlamentar suficiente para aprovar a anistia e, caso houvesse veto presidencial, também existiria base para derrubá-lo no Congresso.
“Nós temos um compromisso que está no coração de cada um de vocês – é buscar anistia para nossos irmãos e irmãs que estão presos. Não podemos continuar tendo ‘órfãos de pais vivos’ pelo Brasil. Não existe maldade maior do que essa”, declarou o ex-presidente.
Pressão popular como estratégia política
A expectativa é que o ato em São Paulo atraia um grande público, ampliando o apelo popular pela anistia e exercendo pressão direta sobre os parlamentares, especialmente os indecisos quanto ao tema.
A mobilização também busca manter o tema em evidência nacional, reforçando o discurso de que há injustiça e excessos nas condenações aplicadas a envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Proposta de anistia em discussão
A proposta de anistia vem sendo debatida por parlamentares ligados à base conservadora. Seus defensores argumentam que muitos dos condenados não participaram de atos violentos e foram punidos de forma desproporcional.
A oposição, no entanto, vê a medida como uma tentativa de apagar crimes contra a ordem democrática.