O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), prometeu uma “resposta dura” ao ataque de criminosos à 60ª Delegacia Policial (DP), em Duque de Caxias, ocorrido na noite do último sábado (15), quando um grupo de cerca de dez bandidos armados com fuzis invadiram o local para resgatar Rodolfo Manhães Viana, o Rato, chefe do tráfico em uma favela de Caxias.
Na publicação, feita neste domingo (16), Castro disse que o ataque à DP “não vai ficar por isso mesmo” e que os criminosos serão capturados “de qualquer jeito”. O chefe do Executivo fluminense ainda deixou um recado para aqueles que chamou de “turminha dos direitos humanos”.
– A ousadia dos criminosos ao atacar uma delegacia de polícia não vai ficar por isso mesmo. Já identificamos todos eles e vamos pegá-los de qualquer jeito. E já vou avisando à turminha dos “direitos humanos”, não encham o meu saco, porque a resposta será dura e na mesma proporção, só que com efetividade e dentro da lei – declarou.
Em outra postagem, Castro lembrou que o responsável por orquestrar o ataque “foi beneficiado pela famosa saidinha dos direitos humanos” em 2019. Identificado como Joab da Conceição Silva, o criminoso cumpria pena em regime semiaberto no Instituto Penal Vicente Piragibe, no Rio, mas deixou a prisão após receber o benefício da saída temporária e nunca mais voltou.
– Vejam só vocês. O vagabundo terrorista que ontem [sábado, 16] orquestrou o ataque à delegacia em Duque de Caxias foi beneficiado pela famosa saidinha dos “direitos humanos”!! No dia 18 de outubro de 2019, ganhou de presente uma saidinha e nunca mais voltou. Mas anotem aí: ele vai voltar!!! De um jeito ou de outro! – destacou.
SOBRE O CASONa noite do último sábado (15), a 60ª Delegacia de Polícia, em Campos Elíseos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi atacada por criminosos que tentaram resgatar o chefão do tráfico Rodolfo Manhães, conhecido como Rato, e seu comparsa, Wesley de Souza do Espírito Santo. Eles atuavam na comunidade Vai-Quem-Quer.
Cerca de dez criminosos atacaram a delegacia, abrindo fogo contra o local e ferindo policiais que estavam trabalhando. Os agentes, mesmo baleados, revidaram. A troca intensa de tiros deixou a entrada da DP completamente destruída.
No momento da ação criminosa, Rodolfo e Wesley já haviam sido levados para um presídio. Depois do ataque, as autoridades solicitaram que eles sejam transferidos para uma penitenciária federal, de segurança máxima.
Na madrugada deste domingo (16), policiais iniciaram uma operação para tentar prender os bandidos envolvidos no ataque. A ofensiva foi realizada nas comunidades Vai-Quem-Quer, Rua 7, Santa Lúcia e Rodrigo Alves. Um helicóptero foi usado na força-tarefa e a segurança da 60ª DP foi reforçada. Não foram divulgados, até o momento, informações sobre presos.
Os policias feridos foram levados para o Hospital Municipal Adão Pereira Nunes e já receberam alta.
