O Governo de São Paulo realizou na quinta-feira (12) a maior operação aérea de sua história com o emprego simultâneo de 14 aeronaves para o combate a incêndios em diferentes regiões do estado.
No pico da operação aérea do Gabinete de Crise, montado para monitorar e coordenar as ações de prevenção e combate às chamas, foram utilizadas quatro aeronaves de asa fixa e outros dez helicópteros, que atuaram no enfrentamento a queimadas em 22 municípios.
Já nesta sexta-feira (13), até o início da tarde, eram 10 aeronaves atuando nos trabalhos de controle das chamas em 17 municípios paulistas, de acordo com a Defesa Civil.
No início do mês, o Estado liberou R$ 5,9 milhões adicionais para a contratação de 120 horas de voo de monitoramento e 300 de combate aéreo, somando 420 horas.
O reforço se somou às outras 1.400 horas de voo já contratadas pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e pela Defesa Civil para atuar nas queimadas. Ao todo, o estado conta com 20 aeronaves à disposição.
Desde o ano passado, a gestão estadual investiu mais de R$ 170 milhões no âmbito da Operação SP Sem Fogo. Além disso, o governo paulista aplicou mais R$ 152 milhões na compra de 125 viaturas para o Corpo de Bombeiros e na aquisição de veículos e equipamentos para a Defesa Civil atuar no enfrentamento ao fogo.
Águia da PM atende mais de 50 municípios
Considerando apenas o combate feito pelas aeronaves do Comando de Aviação da Polícia Militar, entre 8 de agosto e 12 de setembro, foram empregados 14 helicópteros Águias em 56 cidades. Foram mais de 760 mil litros de água despejados pelas aeronaves para controlar as chamas.
Nesta quinta-feira, o uso do Águia impediu que o fogo chegasse nas residências que ficavam nas proximidades na Serra do Mursa, em Campo Limpo Paulista. O Águia 21 sobrevoou o local por quase oito horas, totalizando 108 lançamentos de “Bambi Bucket” — como é chamado o tanque capaz de carregar até 500 litros de água para o despejo em focos de incêndio.
Além disso, a aeronave também retirou três pessoas que ficaram sem rota de fuga em um dos picos da serra devido ao fogo.
O apoio também foi solicitado em incêndios ocorridos em São Luís do Paraitinga e em Mairiporã. Em São Luís, os focos foram reduzidos significativamente com o empenho do Águia 14. Já na Serra do Cantareira, em Mairiporã, o Águia 16 conseguiu minimizar as chamas. No total, foram 114 lançamentos de tanques com cinco horas de voo nos dois municípios.
Os helicópteros da PM são acionados pelos Bombeiros ou pela Defesa Civil, que fazem o monitoramento das áreas com focos de queimada. Ao serem acionados, sobrevoam o local para reconhecimento do cenário, a fim de definir a melhor estratégia a ser utilizada na ocorrência.
O uso dessas aeronaves é fundamental, uma vez que conseguem operar em áreas de difícil acesso e atingir focos de queimadas inacessíveis. Os tanques são capazes de direcionar melhor a aplicação dos jatos de água, controlando o incêndio de maneira mais eficaz em áreas específicas.
A reposição do tanque acontece em fontes de águas próximas, normalmente em lagos, o que também facilita o deslocamento do helicóptero na operação. Desde o início de agosto, foram quase 2 mil lançamentos em todo o estado.
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