O senador Randolfe Rodriges (PT), líder do governo Lula no Congresso, retirou a tramitação do projeto que mudava as regras para a eleição de senadores.
O PL 4.629 de 2024, proposto por ele, determinava que os eleitores de cada unidade da Federação votassem em apenas um candidato para as duas vagas ao Senado Federal. Os dois mais bem votados de cada estado seriam eleitos. Se a medida fosse aprovada, passaria a valer já para as eleições de 2026, alterando as regras do Código Eleitoral.
O projeto foi apresentado no início de dezembro, mas foi retirado de pauta para ser debatido na reforma eleitoral, que está em análise na Comissão de Constituição e Justiça, e deve ser discutida no próximo ano.
Para a Agência Senado, Randolfe chegou a afirmar que a mudança iria “adequar a eleição de senador ao princípio do voto uninominal”.
A adoção do voto binominal é uma, digamos assim, é uma espécie de jabuticaba brasileira que nós só temos aqui. Por isso, a ideia é adequar a um princípio elementar: os mais votados são os eleitos, são aqueles dois mais votados que são eleitos, que uninominalmente conseguiram o maior número de votos. Eu acho que é uma distorção que foi adotada, que não era consoante à primeira constituição republicana, de 1891, a ideia é fazer a correçãoDisse o senador em entrevista.
Críticas ao textoAntes de ser retirado pelo senador, o projeto recebeu algumas críticas. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que a esquerda está “prevendo mais um fracasso em 2026″ e, por isso, o projeto foi apresentado.
Prevendo mais um fracasso em 2026 a esquerda trabalha em duas frentes: o eleitor ter direito a um só voto para o Senado e a aliança com candidatos de outros partidos que, caso eleitos, não tomariam posições durante seus mandatos (senador isentão).Escreveu Bolsonaro no X, antigo Twitter.