Sim, o IOF mudou mais uma vez e sim, ele vai aumentar os gastos da sua próxima viagem para o exterior. São tantas idas e vindas que essa questão do imposto poderia chamar IOIÔF (tá bom, desculpem a piada ruim 😅).
Mas trocadilhos infames à parte, essa indefinição pode atrapalhar muito os planos de quem vai viajar. Afinal, são tantas contas globais e cartões de crédito para comparar que fica difícil saber o que é melhor.
Usar conta global ou cartão de crédito no exterior? Análise deve ir além da cobrança do IOF e do spread
Por isso, resolvemos fazer uma análise de como você pode economizar muito com um passo inicial simples: planejando! É claro que os comparativos são importantes para que você possa saber o custo final de cada opção disponível, mas o planejamento provavelmente vai garantir a maior economia.
RESUMO:
- Comprar dólar em contas globais garantem a possibilidade de “travar” a cotação, já que a operação pode ser feita no momento de baixa da moeda.
- Cartão de crédito possibilita mais flexibilidade, principalmente com relação ao prazo, mas pode acabar cobrando muito mais por isso.
- Economia entre a compra da moeda em baixa e o uso do cartão em um momento de alta, além da mudança do IOF, pode passar de R$ 300 a cada US$ 1.000.
Conta global X cartão de crédito: como fazer a comparação de forma correta?
A grande diferença entre usar uma conta global e o cartão de crédito na sua viagem para o exterior é o momento em que você vai, de fato, pagar por aquele dinheiro.
Com a conta, você compra o dólar e faz o pagamento imediato, podendo aproveitar momentos da cotação em baixa, “travando” a moeda naquele preço.
O cartão de crédito oferece um prazo maior, que pode ser de até 40 ou 45 dias, dependendo do cartão, mas que te deixará refém da cotação do dólar no dia do uso. Se estiver em alta, vai sair mais caro. Mas também há a possibilidade de estar mais baixa e sair mais barato – uma total incerteza!
Outra possibilidade é ir comprando aos poucos com a sua conta global (lembra? planejamento!). O dólar ou euro baixou? Compre um pouquinho. Se a tendência permanecer, compre mais um pouco. Se subir e você ainda tiver tempo, pode esperar um novo momento de baixa, caso precise de mais dinheiro. Dessa forma, o valor médio pode sair mais em conta do que um dia de alta expressiva.
É claro que essa não é uma regra, uma vez que o período que você tiver antes de viajar pode ser apenas de altas seguidas. Por isso, é ainda mais importante conseguir planejar sua viagem para o exterior com a máxima antecedência.
Como calcular o valor médio comprando em várias operações?
Para facilitar o cálculo das operações com a conta global e com o cartão de crédito, veja alguns exemplos a seguir.
Conta global
Considerando a compra de US$ 1.000 em uma conta global sem spread e o IOF atual de 3,5%, dividindo em quatro operações em momentos diferentes:
- Operação 1: US$ 100 com cotação de R$ 5,60 = R$ 579,60
- Operação 2: US$ 400 com cotação de R$ 5,40 = R$ 2.235,60
- Operação 3: US$ 250 com cotação de R$ 5,45 = R$ 1.410,18
- Operação 4: US$ 250 com cotação de R$ 5,50 = R$ 1.423,12
Nesse cenário, você gastou R$ 5.648,50 para comprar US$ 1.000, tendo um valor médio de R$ 5,648 para cada dólar, já considerando a incidência do IOF (ou R$ 5,45 sem considerar o IOF).
Cartão de crédito
Pensando nos cartões de crédito, imagine que você tem uma viagem para a próxima semana e deixou de comprar o dólar em uma conta global quando a cotação estava em R$ 5,40, no começo de julho, e o IOF em 1,1% porque preferia usar o cartão de crédito com spread zero.
Comprando com antecedência, seu custo seria de cerca de R$ 5.460, sem considerar possíveis taxas e spread das contas (a Nubank Ultravioleta Global, por exemplo, cobra somente o IOF nas operações de câmbio).
Agora, o dólar fechou a R$ 5,59 na sexta-feira (18/07), e o IOF do cartão será cobrado em 3,5%. Nesse caso, seu gasto de US$ 1.000 seria convertido em R$ 5.785,65 – ou seja, uma diferença de R$ 325.
Tudo bem, você pode considerar o acúmulo de pontos do cartão, mas ainda que seja um cartão com 3 pontos por dólar, que poucos cartões oferecem, você acumularia 3.000 pontos com os mesmos US$ 1.000, enquanto a diferença, que ficou em R$ 325, seria suficiente para garantir a compra de até 10.000 pontos Livelo em períodos promocionais, por exemplo.
Compra em conta global com antecedência (dólar a R$ 5,40) | Compra com cartão de crédito (dólar a R$ 5,5… no dia) | |
Quantia comprada | US$ 1.000 | US$ 1.000 |
Valor pago em real (considerando 3,5% de IOF e spread zero) | R$ 5.460 | R$ R$ 5.785 |
Pontos acumulados | Nenhum | 3.000 pontos (cartão de 3 pontos por dólar) |
Diferença | + R$ 325 |
Conclusão
A comparação do valor final no uso do cartão com as contas globais só faz sentido comparando uma “fotografia” da cotação, apenas naquele momento. A não ser que a compra do dólar e o pagamento com o cartão sejam feitos no mesmo dia, a variação da moeda vai influenciar no uso do cartão de crédito, que utiliza como base para cálculo o valor do dólar no dia da transação.
Por outro lado, a conta global permite que você congele a cotação. O dólar chegou ao menor valor em um longo período? Você compra a moeda naquele momento e garante o custo da sua viagem com o melhor preço.
Considerar esses pontos pode garantir uma boa economia na hora de viajar para o exterior. Como vimos neste post, a diferença pode chegar a mais de R$ 300 a cada US$ 1.000 – e aí não tem pontuação de cartão que supere!
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