São Paulo – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (25) a operação Eleitor Protegido, com o objetivo de desarticular esquema criminoso de invasão ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São Miguel do Gostoso (RN) e Maracanaú (CE).
Conforme as investigações, os fraudadores usaram o aplicativo e-Título para realizar várias ações em nome de “pessoas públicas” — incluindo políticos, empresários, artistas e atletas.
O TSE detectou o problema e identificou 158 registros de irregularidades realizadas por meio do aplicativo, de características diversas. Elas vão desde a emissão de título de eleitor até a inscrição como mesário voluntário, em nome das vítimas. De acordo com o jornal Valor, os investigados pela operação chegaram a inscreveram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como mesário voluntário.
Nesse sentido, o próprio TSE informou que detectou as irregularidades em julho de 2023. Assim o tribunal classifica o episódio como “invasão de dispositivo informático”. E destacou que não houve “quebra de proteção do sistema”.
“Em ação preventiva e permanente de verificação da lisura e do rigor de dados nos seus canais digitais, o tribunal identificou acessos irregulares no aplicativo e-Título, sem qualquer relação com o sistema de votação nem com o processo eleitoral, cuidando-se de informações relativas a dados e informações não sensíveis.”
Os investigadores esperam esclarecer qual era a motivação e o objetivo dos investigados, que devem responder pelo crime de invasão de dispositivo.