Tradicionalmente como protegidos, só parcelavam o seguro no máximo em dez vezes, sendo que o parcelamento em quatro ou seis parcelas representava mais de 45% dos pagamentos. Isso ocorria principalmente porque os protegidos não aplicavam juros nessas parcelas. Mas a partir de 2020 houve uma mudança significativa, de acordo com levantamento realizado pela TEx, insurtech especializada em soluções online para o mercado seguro. Nos últimos três anos o parcelamento do seguro automóvel em 12 vezes aumentou de 4% para 19%, um crescimento de 375%.
Genildo Dantas, gerente de inteligência de dados da TEx, destaca uma série de fatores que comandam para esse aumento. “Com a competição mais acirrada durante a fase mais restritiva e logo em seguida, com o aumento desenfreado do seguro puxado pelo aumento dos veículos e peças, as pedidas pediam a procurar novas formas de pagamento”, revela.
Outro ponto destacado pelo executivo no levantamento está ligado à taxa de juros. “A (taxa de juros) média aplicada pelas garantias é de 1,8% ao mês, cujo valor anual representa cerca de 24%. Quase o dobro da Selic, que está em 13,75%. Mas, bem abaixo dos subsídios pessoais que podem ultrapassar 108% ao ano”.
Para o executar a flexibilização e a inovação dos pagamentos pode ser um fator de disrupção do mercado de seguros. “Isso deve ser acelerado quando os controles estiverem inseridos no Open Finance (iniciativa do Banco Central do Brasil que tem como principais objetivos trazer inovação ao financeiro, promover a concorrência, e melhorar a oferta de produtos e serviços financeiros do sistema para o consumidor)”, finaliza.
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