Daniel Noboa e Luisa González disputarão o segundo turno das eleições presidenciais no Equador em 13 de abril, após uma votação acirrada. Com 91% das urnas apuradas, Noboa, atual presidente, obteve 44,34% dos votos válidos, enquanto González, candidata da esquerda, alcançou 43,87% neste domingo.
Essa é a melhor votação da esquerda equatoriana sem Rafael Correa como candidato. Em terceiro lugar, ficou Leonidas Iza, líder indígena do movimento Pachakutik, com 4,9% dos votos. Já Andrea González Náder, ativista ambiental da Sociedad Patriótica, alcançou 2,71%. Os demais 12 candidatos tiveram menos de 1% da preferência do eleitorado.
O resultado foi recebido com entusiasmo pela campanha de González, que esperava um cenário mais difícil. As pesquisas apontavam uma vantagem maior para Noboa, com chance de vitória no primeiro turno. Em seu discurso em Quito, a candidata celebrou o resultado, parabenizou Leonidas Iza e pediu o apoio do movimento indígena. Por outro lado, a equipe de Noboa, que já havia preparado uma festa para comemorar uma possível vitória, cancelou o evento. O presidente também optou por não discursar.
González criticou Noboa ao dizer que ele utilizou recursos do Estado em sua campanha, o que contraria as leis eleitorais. “Somos os grandes vencedores. Enfrentamos um candidato que não se afastou do cargo como deveria, desrespeitando as regras do jogo”, declarou.
Além do presidente, os equatorianos também elegeram 151 membros da Assembleia Nacional e cinco representantes para o Parlamento Andino. A apuração para esses cargos ainda está em andamento, mas já indica uma forte divisão política. Até agora, a Ação Democrática Nacional (ADN), partido de Noboa, lidera com 45% das cadeiras, enquanto o Movimento Revolução Cidadã (RC), de González e Rafael Correa, aparece com 38,45%.* Com informações das Agências de Notícias