Não deu nem tempo de aproveitar a queda do IOF depois da anulação do decreto, e tudo já mudou novamente. O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a retomada da decisão do governo federal que aumentou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para 3,5%.
A partir de hoje (17), vai ficar mais caro fazer operações financeiras como: compra de moeda estrangeira, remessas ao exterior, empréstimos externos de curto prazo (até 364 dias) e câmbio com cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais.
A única mudança em relação ao decreto do governo federal publicado em maio (relembre aqui) é a cobrança sobre risco sacado, uma espécie de antecipação de pagamento de empresas aos fornecedores, que não interfere na vida dos viajantes.
E depois de tantas idas e vindas, veja como fica a alíquota do IOF a partir de agora:
OPERAÇÃO | COMO ERA | COMO FICOU |
Compra de moeda em contas globais | 1,1% | 3,5% |
Compra de moeda em casas de câmbio | 1,1% | 3,5% |
Compras com cartões de crédito no exterior | 3,38% | 3,5% |
Transferências internacionais para outra pessoa | 0,38% | 3,5% |
Vale lembrar que o objetivo do governo com a medida de aumento do imposto, desde o início, era aumentar a arrecadação.
Além da alíquota unificada de 3,5%, as operações de câmbio não especificadas terão IOF de 0,38% na entrada de recursos no país. A alíquota zero será mantida apenas para operações comerciais, remessas de lucros e dividendos, ingresso e retorno de capital estrangeiro e aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior.
A seguir, relembre o que muda na sua vida com o novo IOF.
Novo IOF: o que muda na prática?
Contas globais e cartões de crédito
O maior impacto é para nós, viajantes, que usamos contas digitais globais para comprar dólar e outras moedas, caso da Nomad, Wise, Revolut e outras.
Até então, a alíquota para essas transações era de apenas 1,1% e o aumento para 3,5% é bem expressiva – mais de 300%! Veja uma simulação comparando as taxas:
VALOR EM DÓLARES | VALOR EM REAIS | IOF 1,1% | IOF 3,5% |
US$ 1.000 | R$ 5.590 | R$ 61,49 | R$ 195,65 |
*Simulação feita às 09h14 do dia 17/07/25.
Outro ponto importante é que, a partir de agora, as contas digitais globais e cartões de crédito passam a ter a mesma taxa de IOF. A diferença, no entanto, é que a maioria dos cartões de crédito, principalmente dos bancos tradicionais, costuma ter um spread mais alto, que ainda deixa o custo final mais alto se comparado às contas digitais.
Por outro lado, alguns bancos e instituições financeiras já se movimentaram em relação à taxa do IOF após o decreto publicado em maio e podem ser uma alternativa para reduzir custos em compras internacionais. O Mercado Pago é um exemplo que surpreendeu ao zerar o spread cambial.
A notícia é especialmente ruim, pois havia uma previsão de que o Brasil zeraria o IOF. Desde 2022, a taxa do imposto vinha caindo gradualmente 1% ao ano, chegando a 3,38% em janeiro de 2025, com expectativas de ser zerada até 2028. Mas, pelo que tudo indica, os planos mudaram no caminho.
Ruim para quem atrasa o cartão de crédito
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