Deputada que fugiu do Brasil segue no presídio de Rebibbia, nos arredores de Roma
Nesta sexta-feira (1º), a Justiça da Itália decidiu que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) segue no presídio feminino de Rebibbia, nos arredores de Roma. A decisão ocorreu após uma audiência de custódia em que o pedido da defesa para que a parlamentar fosse liberada não foi aceito pelo juiz. Entenda em TVT News.
Entenda o caso de Zambelli
A deputada Carla Zambelli foi presa na Itália na última terça-feira (29), de acordo com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF). A prisão ocorreu após deputado italiano Angelo Bonelli, da coalizão Aliança Verde-Esquerda, informar o endereço onde a deputada estaria aos agentes de segurança italianos.
A deputada Carla Zambelli fugiu do Brasil após ser condenada a dez anos de prisão, inelegibilidade, perda do mandato e ao pagamento de uma multa de R$ 2 milhões por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. Os crimes ocorreram em 2023, em parceria com o hacker Walter Delgatti, e a decisão sobre sua condenação foi divulgada em 14 de maio.
Em 3 de junho, Zambelli fez um vídeo dizendo que havia saído do Brasil e sua localização é descoberta por um YouTuber: a deputada estava em Fort Lauderdale, na Flórida. A chegada a Roma ocorreu em 5 de junho, horas antes de ter seu nome incluído na lista vermelha da Interpol.
Em 4 de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão da deputada em razão da fuga demonstrar “a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal em razão da proximidade do julgamento” Como justificativa, Moraes apresentou o argumento de que a deputada pretendia continuar praticando crimes para “descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o próprio Estado Democrático de Direito”.
Zambelli havia demonstrado que agiria na Europa da mesma forma que Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos: realizando reuniões com líderes políticos para propagar a falsa ideia de que o Brasil vive uma ditadura e que precisa de intervenção estrangeira.
Ainda em junho, Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, encaminhou para a Comissão de Constituição e Justiça um pedido para cassação do mandato da parlamentar, cuja análise ainda não foi concluída.
*Em atualização













