Divulgação de Informações Incorretas sobre Isenção do Imposto de Renda pelo Governo Lula Gera Repercussões NegativasUma publicação oficial nas redes sociais do governo Lula espalhou informações incorretas sobre a isenção do Imposto de Renda, gerando repercussões negativas no mercado e no Congresso. Saiba o que aconteceu e os desdobramentos da situação.
Fake News Oficial: Postagem RemovidaA Secretaria de Comunicação Social do governo Lula publicou, no último domingo (1º), que já havia enviado ao Congresso um projeto de lei para isentar o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil mensais. A mensagem, destacada como “campeã da semana”, afirmava:
“O governo enviou ao Congresso proposta para ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Essa é a maior reforma do Imposto de Renda da história.”
O problema? A afirmação era falsa. A proposta, anunciada como parte de um pacote de contenção de gastos, ainda não foi enviada ao Legislativo. O governo pretende submetê-la apenas em 2025, dentro de uma reforma tributária mais ampla, com implementação prevista para 2026. Após a repercussão, a postagem foi deletada, mas o dano já estava feito.
Silêncio Oficial e Impacto no MercadoNem a Secretaria de Comunicação Social (Secom) nem o Ministério da Fazenda se pronunciaram sobre o equívoco. Enquanto isso, o ministro Fernando Haddad lamentou o vazamento, reiterando que a prioridade atual do governo é a aprovação de medidas de corte de gastos.
A proposta de isenção, segundo o governo, contemplará renda mensal de até R$ 5 mil, enquanto rendimentos superiores a R$ 50 mil terão uma alíquota mínima. O Ministério da Fazenda estima que a medida causará uma perda de arrecadação de R$ 35 bilhões, a ser compensada com a taxação dos mais ricos.
Contudo, economistas apontam que o impacto pode ser ainda maior, chegando a R$ 45 bilhões, o que provocou reações negativas no mercado financeiro. A incerteza fez o dólar disparar, fechando acima de R$ 6, um recorde histórico.
Repercussões no Congresso NacionalA confusão repercutiu também no Legislativo. Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, tentaram conter o mal-estar. Ambos reforçaram que qualquer mudança no Imposto de Renda será debatida somente quando houver estabilidade econômica.
Além disso, líderes parlamentares deixaram claro que não apoiarão propostas que comprometam ainda mais o equilíbrio fiscal. A reforma tributária, incluindo a isenção do IR, continua programada para ser discutida em 2025.