A decisão, vista por críticos como tardia, ocorre em uma região marcada por disputas de terra, onde grupos indígenas e produtores rurais vivem em constante tensão.
Força Nacional e segurança públicaDesde janeiro de 2023, tropas da Força Nacional atuam na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, localizada entre Guaíra e Terra Roxa. No sábado (4/1), o MJSP confirmou o envio de equipes extras, com atuação integrada à Polícia Militar do Paraná (PMPR) e à Polícia Federal (PF).
Apesar do reforço, muitos questionam a real eficácia dessas medidas, dado o histórico de conflitos e a falta de ações concretas para garantir segurança na região.
As investigações para identificar os responsáveis pelos ataques estão sob a responsabilidade da PF, que atua em parceria com forças locais e federais.
Enquanto isso, o Ministério dos Povos Indígenas, liderado por ativistas alinhados ao governo, emitiu apenas uma nota condenando a violência, sem oferecer soluções práticas para proteger as famílias afetadas.
Ataques intensificam tensão localNa sexta-feira (3/1), a comunidade Avá-Guarani enfrentou mais um ataque, deixando cinco feridos, incluindo duas crianças. Relatos de lideranças indígenas afirmam que pistoleiros cercaram a aldeia, utilizando armas de grosso calibre.
Entre os feridos, um jovem foi baleado nas costas e uma criança foi atingida na perna. No mês anterior, ataques semelhantes resultaram na destruição de barracos e plantações, agravando a precariedade das famílias na região.
Disputa de terras e interesses políticosO conflito, descrito como “territorial”, esconde um embate mais profundo: o avanço de pautas ideológicas que, segundo especialistas, incentivam a invasão de terras produtivas sob o pretexto de demarcação.
Relatórios apontam que a área reivindicada pelos indígenas foi transformada em lavouras agrícolas há décadas, sendo atualmente alvo de movimentos apoiados por setores do governo federal.
ConclusãoO reforço da Força Nacional expõe a incapacidade do governo em resolver disputas fundiárias de maneira eficaz. Ao invés de oferecer segurança para quem trabalha e produz, o Estado promove uma política de favorecimento ideológico que ignora os direitos dos proprietários e expõe toda a população local ao caos e à violência.