O preço médio do quilo da picanha subiu 2,45% no primeiro semestre deste ano e atingiu a marca de R$ 71. O dado é de um levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA) que foi divulgado pelo site Poder360 nesta segunda-feira (15).
De acordo com o levantamento, o valor do quilo do corte em 2023 era de R$ 69,30, o que significa que o salário mínimo vigente durante a maior parte do ano passado – de R$ 1.320 – permitia que os brasileiros adquirissem 19,1 quilos de picanha. No primeiro semestre deste ano, esse número teve uma leve alta e chegou a 19,9 quilos.
O melhor resultado da série histórica do IEA, no entanto, foi em 2019, o primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda sem o impacto da pandemia na economia, os brasileiros poderiam adquirir cerca de 23 quilos de picanha em uma época em que o salário mínimo estava em R$ 998 e o preço do corte da carne era de R$ 43,50.
REFORMA TRIBUTÁRIA E A CARNE
As discussões sobre o preço da carne voltaram a acontecer nos últimos dias após a Câmara dos Deputados aprovar o principal texto de regulamentação da reforma tributária do consumo. Durante as deliberações, foi aprovado um destaque do Partido Liberal (PL) que determinou alíquota zero para as proteínas animais.
Após a votação, deputados de esquerda e ligados ao governo tentaram enaltecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela isenção do imposto da carne. No entanto, o que foi ocultado é que o próprio Ministério da Fazenda tentou barrar essa proposta, mas acabou não conseguindo.
Quais fatores influenciam a alta no preço da picanha?
Além do contexto econômico nacional e global, as decisões políticas também impactam diretamente no preço dos alimentos. Recentemente, com as discussões sobre a reforma tributária, houve uma movimentação no Congresso Nacional que resultou na aprovação da alíquota zero para proteínas animais, o que em teoria deveria reduzir o custo ao consumidor final. Contudo, a complexidade do sistema tributário brasileiro e outras variáveis de mercado continuam a pressionar os preços para cima.
Expectativas para o futuro da carne no Brasil
Olhando para o futuro, muitos economistas são cautelosos ao projetar um cenário para os preços da carne bovina. Dependendo de fatores como políticas governamentais, variação cambial, e dinâmicas de exportação, podemos enfrentar tanto uma estabilização nos preços quanto uma nova onda de aumentos. Para os consumidores, fica a necessidade de ajustar orçamentos e, quem sabe, buscar alternativas mais econômicas para manter a qualidade da alimentação sem comprometer demais a renda familiar.
Engajados com o monitoramento constante dessas variações, podemos entender melhor a economia e tomar decisões mais informadas. Para a indústria alimentícia e para os consumidores, acompanhar esses movimentos é fundamental para se adaptar às mudanças do mercado que impactam diretamente no cotidiano e no bolso de cada um.
Aumento de 2,45% no preço do quilo da picanha em 2024
Alíquota zero para proteínas animais aprovada na reforma tributária
Variações de preço e a capacidade de compra do consumidor brasileiro
Com o aumento observado e as políticas em jogo, seguir de perto essas alterações torna-se uma prática essencial para todos os envolvidos, desde produtores até consumidores finais.