Brasília, 20 de janeiro de 2025 – Em uma declaração que gerou repercussão no cenário político brasileiro, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não deveria ser julgado pela Suprema Corte. Segundo Mello, questões que envolvem cidadãos comuns devem ser tratadas em tribunais de primeira instância, e não no STF.
A Opinião do Ex-MinistroDurante uma entrevista concedida a um canal de notícias, Marco Aurélio Mello argumentou que a função do STF é zelar pela Constituição e resolver questões de grande relevância jurídica. “O Supremo deve se concentrar em casos que realmente justifiquem sua atenção e não em processos que podem ser analisados em instâncias inferiores”, disse ele. O ex-ministro destacou que a Corte deve evitar se envolver em questões que poderiam ser resolvidas em outras esferas do judiciário.
Mello também expressou preocupação com a imagem do STF e com o impacto que um julgamento de Bolsonaro poderia ter na percepção pública sobre a justiça no Brasil. “É fundamental que o Supremo mantenha sua credibilidade e sua função constitucional”, acrescentou.
A declaração de Marco Aurélio Mello surge em meio a um clima tenso na política brasileira, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta diversas investigações relacionadas ao seu governo. As discussões sobre a competência do STF para julgar políticos têm sido um tema recorrente nos últimos anos, especialmente após a Operação Lava Jato e outros escândalos de corrupção.
As palavras do ex-ministro provocaram reações variadas entre juristas e políticos. Alguns apoiaram sua visão, argumentando que o STF deve focar em questões mais relevantes para a sociedade. Outros, no entanto, defendem que todos os cidadãos, independentemente de sua posição política, devem ser responsabilizados por suas ações perante a lei.
A posição de Marco Aurélio Mello levanta importantes questões sobre a função do STF e o papel da justiça na política brasileira. À medida que as investigações sobre Jair Bolsonaro avançam, o debate sobre a competência da Suprema Corte continua a polarizar opiniões e a influenciar o cenário político nacional.Fonte: Revista Veja