O ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) teve seu nome incluído no cadastro de inadimplentes da Serasa Experian na última sexta-feira (28). A negativação ocorreu devido a uma dívida de R$ 1.783,56 referente a custas advocatícias de um processo que Ciro perdeu em 2023 contra o jornalista e influenciador Felippe Hermes. A informação foi confirmada pela Serasa à 10ª Vara Cível de Porto Alegre (RS).
Derrota judicial levou à negativaçãoO processo foi movido por Ciro Gomes em outubro de 2023. O pedetista solicitava a remoção de um post no Facebook publicado por Hermes, além de uma indenização por danos morais. A publicação criticava uma proposta de Ciro sobre a Petrobras, chamando-a de “maluca” e sugerindo que poderia levar o país ao SPC.
Em novembro de 2023, a Justiça gaúcha julgou a ação improcedente. O juiz Alexandre Schwartz Manica considerou que, por ser uma figura pública, Ciro está sujeito a críticas e que a postagem de Hermes se enquadrava no direito à liberdade de opinião. O magistrado concluiu que não houve violação da imagem ou intimidade do político.
Como resultado da derrota judicial, Ciro foi condenado a pagar as custas processuais e honorários advocatícios, estipulados em 10% do valor atualizado da causa. No entanto, ele não quitou a dívida dentro do prazo, resultando em sua inclusão na lista de inadimplentes da Serasa.
Ironia: Ciro defendia programa “Nome Limpo”A negativação do nome de Ciro Gomes chama atenção por sua contradição com uma de suas principais propostas de campanha em 2018 e 2022: o programa “Nome Limpo”. A iniciativa prometia renegociar e quitar dívidas de brasileiros negativados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), permitindo que recuperassem acesso ao crédito.
Agora, o ex-presidenciável se encontra na mesma situação que dizia querer resolver para milhões de brasileiros.