O Brasil vai copresidir um grupo de trabalho na Organização das Nações Unidas (ONU) para negociar a criação do Estado da Palestina. A Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados está programada para ocorrer em junho deste ano. Entenda em TVT News.
O Brasil vai chefiar a discussão do grupo de trabalho sobre a implementação da solução de dois Estados junto com o Senegal. França e Arábia Saudita, líderes da organização da conferência, convidaram os dois países.
Dos 190 países-membros da ONU, 146 reconhcem o Estado da Palestina. Foram convocados oito grupos de trabalho como parte do processo preparatório. Tanto os grupos como a Conferência propriamente dita são abertos a todos os Estados-membros e a representantes do sistema ONU, incluindo programas, fundos, agências especializadas e comissões regionais, além das instituições de Bretton Woods.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, todos as nações participantes da ONU estão sendo consultadas simultaneamente pelos oito grupos de trabalho e participarão dos trabalhos de forma voluntária. Ainda não há definição sobre os outros países que vão participar dos grupos.
Brasil condena ofensivas de Israel em Gaza
Nesta terça-feira (20), em uma audiência no Senado, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou a situação em Gaza como uma “carnificina” e lamentou a “paralisia da ONU” em interromper os ataques de Israel ao povo palestino.
O Brasil tem um história de críticas à violência israelense no território palestino. Durante viagem a Moscou no início de maio, Lula denunicou o genocídio palestino e afirmou que “a luta contra o terrorismo” é um pretexto. O presidente condenou os ataques de Israel a Palestina em outras ocasiões e já chegou a comparar as ações israelenses ao Holocausto contra judeus na Segunda Guerra.
Até agora, mais crianças morreram em Gaza desde o início do conflito do que em 4 anos de guerras no mundo. A estimativa da ONU é que uma criança seja morta a cada 10 minutos na região.
Com informações de Agência Brasil.