Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nesta quarta-feira (11), apontou que o Brasil ocupa a 46ª posição em um ranking internacional de competitividade com 66 países avaliados. Há dez anos, em 2013, o Brasil ocupava a 40ª colocação, ou seja, perdeu seis posições em uma década.
O Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG), elaborado pela entidade, avaliou a situação dos países quanto à eficiência do Estado, ambiente de negócios, infraestrutura e capital humano em 2023.
– Um dos graves problemas estruturais do Brasil é que as pessoas acabam não tendo acesso a uma educação de qualidade. Isso vira uma barreira para que consigam melhores postos de trabalho e um gargalo para as empresas que não conseguem mão de obra preparada para os novos tempos – disse o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, em nota.
Os resultados têm como base dados divulgados pelo Banco Mundial e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O país mais competitivo, segundo o levantamento, é Singapura, seguido por Suíça e Dinamarca. Figuram ainda à frente do Brasil no ranking os vizinhos sul-americanos Uruguai (33°) e Chile (34°), assim como os parceiros de Brics China (13°), Índia (42°) e África do Sul (45°).
O Brasil ocupou a 52ª colocação em Eficiência do Estado e a 51ª em Ambiente de Negócios. Em Infraestrutura, o país ficou em 47° lugar.
– A taxa de investimento em infraestrutura no Brasil é de 18% ao ano, bem inferior à taxa da China, com 43%, e da Índia, com 33%. Além disso, no Brasil o tempo médio para obtenção de energia elétrica é de, em média, 128 dias. Já na Índia são 53 dias – comparou a Firjan.
*AE