No dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos atacaram o Japão com a primeira bomba nuclear da história em Hiroshima, três dias depois, outra bomba foi lançada em Nagasaki. Pelo menos 214 mil pessoas morreram nas duas cidades. Entenda o contexto histórico do lançamento da bomba em Hiroshima na TVT News.
Bomba de Hiroshima
O explosivo chamado de “Little Boy” foi desenvolvido pelos EUA com apoio do Reino Unido e do Canadá por meio do Projeto Manhattan.
Em agosto de 1945, a Alemanha nazista já havia sido derrotado pela União Soviética, Hitler se suicidado em abril e em maio se rendeu para os Aliados. Mas a Guerra do Pacífico continuava contra o Japão nos territórios asiáticos.
O Japão já lidava com fortes problemas internos relacionados a continuidade da guerra, como a fome e o aumento das mortes na linha de frente, porém seguia resistindo as forças dos Aliados.
O Japão não era o único a sofrer, o mundo já não suportava a continuidade da guerra. Movimentos civis explodiam em todo o mundo para que o conflito se encerrar e salvar as populações que estavam sendo oprimidas. A Europa estava devastada e os estadunidenses não queriam mais continuar na linha de frente.
Desejando logo por um ponto final ao conflito, os EUA tomaram a atitude que mudaria o curso da história e estabeleceria uma nova ordem mundial. O Projeto Manhattan tinha acabado de conseguir efeitos satisfatórios nos testes finais das bombas, o que foi suficiente para iniciar o planejamento de onde e quando lançar os explosivos.
A ideia de salvar as pessoas e essa ser a última guerra da humanidade era um sonho utópico que nunca esteve no tabuleiro do jogo. A disputa era por influência política, cultural e social. A disputa era imperialista e os EUA queria ser o novo ditador das regras.
Para isso, era necessário reduzir a influência dos outros países da antiga ordem mundial, acabar com a guerra o mais rápido possível e demonstrar força. A maior bomba do mundo era a resposta para esse desejo, os explosivos seriam capazes de mostrar potência e criar a imagem de inabaláveis. Os lançamentos foram autorizados e Hiroshima seria a primeira vítima.
A bomba nuclear de urânio foi colocada em um avião militar de grande porte. A aeronave pousou nas Ilhas Marianas e esperou até a liberação para voar até a cidade de Hiroshima, no Japão.
A notícia imediatamente percorreu o mundo. Aos poucos as imagens começaram a aparecer na televisão e o choque tomou conta da humanidade que já estava devastada com os horrores recém descobertos do Holocausto.
É estimado que 70 mil pessoas tenham morrido imediatamente com a queda da “Little Boy”. Cerca de 20 minutos depois, a chuva negra radioativa começou a cair na região e 70 mil morreram nos meses subsequentes por decorrência da radiação e ferimentos graves.
Outras pessoas sobreviveram por anos, mas apresentaram doenças relacionadas à radiação da bomba que ainda impregnava a região até 1995 — ano em que os níveis de radiação voltaram para os mesmos antes da guerra.
Três dias depois, outra bomba foi lançada e o mesmo terror assolou o Japão mais uma vez. O país asiático se rendeu em setembro e a Segunda Guerra Mundial foi oficialmente terminada.
Em 2025, o Japão faz eventos em memória das vítimas e sobreviventes afirmaram que irão fazer manifestações contra a regra que obriga as pessoas a comprovar localização em Hiroshima para receber assistência médica gratuita.
O problema apontado é que extremamente complexo comprovar que estava no local do ataque no dia e horário da explosão, isso porque parte da região foi totalmente destruída.
Os manifestante querem que o limite de área seja abolido e todas as pessoas nascidas e residentes das cidades afetadas sejam beneficiadas com o acesso à saúde de qualidade.
Acompanhe as análises políticas sobre a bomba de Hiroshima no jornal TVT News Primeira Edição:












