Em pauta, o Projeto de Lei nº 1.169, de 2015, que reinstitui o voto impresso nas eleições.
Se aprovado, o texto garantirá que mais de 500 mil seções eleitorais do país disponibilizem urnas eletrônicas e cédulas em papel, restaurando a credibilidade do sistema.
O projeto, de autoria de Carlos Henrique Amorim (União-TO), foi estrategicamente resgatado pela ala bolsonarista em setembro de 2023, após quase uma década esquecido.
O relatório, elaborado pelo deputado José Medeiros (PL-MT), propõe que os eleitores votem duas vezes – eletronicamente e em papel – com as cédulas sendo lidas individualmente e publicamente durante a apuração, à vista de fiscais.
Na semana passada, a votação foi interrompida por mais uma manobra típica da bancada petista, com um pedido de vista coletivo que adiou a decisão.
Agora, a expectativa é que a sessão de amanhã avance e encaminhe o projeto ao plenário da Câmara, onde a batalha ideológica promete ser acirrada.
A briga pelo futuro do Brasil
Ao apresentar seu relatório, José Medeiros apontou que o objetivo do projeto não é “retroceder”, mas sim modernizar o sistema eleitoral, assegurando a confiança do povo em um processo justo e transparente.
A segurança das urnas eletrônicas, há anos blindada por narrativas da esquerda, foi colocada em xeque por bolsonaristas, que exigem respostas claras sobre a integridade do dispositivo.
Desde 2019, com a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro, a pauta da segurança eleitoral tornou-se um marco da direita no Congresso.
Em 2021, uma proposta similar – a PEC do Voto Impresso, de Bia Kicis (PL-DF) – foi rejeitada em uma articulação vergonhosa da oposição.
Agora, o PL nº 1.169 representa mais do que um resgate dessa ideia: é uma resposta ao grito da maioria dos brasileiros, que exige eleições limpas e confiáveis.