Dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE revelam um cenário marcante: quase metade dos lares brasileiros (49,1%) são chefiados por mulheres. Esse dado reforça a necessidade de políticas públicas que protejam e amparem essas famílias, especialmente em períodos de instabilidade econômica.
Nesse contexto, o auxílio-maternidade para desempregadas se torna um direito essencial e, muitas vezes, desconhecido por parte das mulheres que deixaram recentemente o mercado de trabalho. Mesmo sem vínculo empregatício atual, é possível receber o benefício se a mulher atender aos critérios definidos pelo INSS.
O que é o auxílio-maternidade?
O auxílio-maternidade é um benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que garante apoio financeiro durante a gestação, parto, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. Além de trabalhadoras com carteira assinada, o benefício também é estendido às desempregadas que ainda mantêm a condição de seguradas da Previdência Social.
Essa política social funciona como uma rede de proteção fundamental para garantir que mães tenham segurança financeira em um momento tão sensível quanto a maternidade.
Quem tem direito ao auxílio-maternidade mesmo estando desempregada?
Mulheres desempregadas podem sim solicitar o auxílio-maternidade, desde que cumpram os requisitos do INSS. O principal deles é manter a chamada qualidade de segurada.
O que é a qualidade de segurada?
A qualidade de segurada é mantida por um período após a última contribuição feita à Previdência Social. Esse tempo é conhecido como período de graça, e funciona assim:
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12 meses após a última contribuição (regra geral);
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24 meses, se a segurada tiver mais de 120 contribuições ao INSS;
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+12 meses extras, caso esteja recebendo seguro-desemprego ou inscrita no Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Ou seja, é possível estar desempregada e ainda assim ter direito ao benefício, desde que a mulher esteja dentro do período de graça e comprove contribuições anteriores.
Como solicitar o auxílio-maternidade pelo Meu INSS
Se você acredita que cumpre os critérios acima, o próximo passo é dar entrada no pedido. A solicitação é feita de forma digital, pelo site ou aplicativo Meu INSS.
Passo a passo para solicitar:
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Separe os documentos obrigatórios, como certidão de nascimento do bebê ou atestado médico de gravidez.
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Acesse o portal Meu INSS ou baixe o aplicativo.
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Faça login com CPF e senha (Gov.br).
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No menu de serviços, selecione “Salário Maternidade”.
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Preencha os dados e anexe os documentos necessários.
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Envie a solicitação e acompanhe o andamento do pedido na própria plataforma.
Caso haja qualquer problema ou dúvida, é possível entrar em contato com o INSS pelo número 135 ou agendar atendimento presencial.
Por que o auxílio-maternidade é tão importante?
Com quase metade das casas brasileiras sob responsabilidade feminina, é essencial que políticas de apoio financeiro, como o auxílio-maternidade, sejam divulgadas e acessíveis.
O benefício garante um mínimo de estabilidade durante um momento em que os gastos aumentam e a capacidade de trabalho pode estar reduzida. Além disso, ele é um dos poucos direitos assegurados inclusive para mulheres fora do mercado formal de trabalho — desde que respeitados os prazos e contribuições.
Conclusão
O auxílio-maternidade para desempregadas é um direito garantido por lei e pode ser a diferença entre viver a maternidade com tranquilidade ou com dificuldades financeiras. Saber os prazos, manter a qualidade de segurada e seguir corretamente o processo de solicitação são passos fundamentais.
Não deixe de buscar seus direitos. Em caso de dúvidas, consulte os canais oficiais do INSS.
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