O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou à CNN, na quarta-feira (12), que o Partido Liberal não irá mais insistir na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e respeitará o acordo de rodízio entre os partidos.
O PL vinha reivindicando o comando da comissão porque possui a maior bancada.
“Acho que essas questões serão superadas. Esse entendimento de bloco parlamentar vai valer, (foi) formado no início da legislatura com Arthur Lira na presidência da Câmara. O PL é o maior partido da Câmara e vai exercer esse direito de fazer as primeiras pedidas, respeitando o acordo da Comissão de Constituição e Justiça”, disse o parlamentar.
A CCJ foi presidida pelo PT em 2023. No ano seguinte, pelo PL. O acordo prevê que neste ano a comissão seja comandada pelo MDB ou União Brasil.
Apesar do combinado entre todas as legendas, o PL passou a reivindicar nova presidência da comissão diante da troca do presidente da Câmara.
De acordo com Côrtes, o acordo dá preferência a blocos partidários e não a partidos individualmente.
“O direito das escolhas é do bloco e não do maior partido. Por isso, foi formado esse bloco no início da legislatura, quando Arthur Lira se reelegeu presidente da Câmara. E o líder Sóstenes Cavalcanti, no diálogo ontem com Hugo Motta e líderes, chegou a esse acordo”, complementou.
O PL não abre mão de indicar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), apesar das resistências. O partido poderá fazer indicações, pelo menos, para a presidência de outras duas comissões.