O esquema, que utilizava recursos de emendas parlamentares, atingiu pelo menos 12 estados, movimentando R$ 824,5 milhões.São Paulo aparece no topo da lista com R$ 245 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro, com R$ 89,6 milhões.
Detalhes do esquema e locais envolvidosAlém de São Paulo e Rio de Janeiro, o esquema alcançou outras cidades e consequentemente outros estados, como Maranhão (R$ 39,3 milhões) e Pernambuco (R$ 36 milhões) que também foram citados.
A planilha, dividida em cinco tópicos – estado/cidades, responsáveis, valores, projetos e adesões – trazia informações detalhadas sobre contratos e envolvidos.
Conexão com União Brasil e liderançasMarcos Moura, integrante do diretório nacional do União Brasil, teria sido indicado ao partido por ACM Neto, ex-prefeito de Salvador.
Documentos analisados pela PF destacam a relação direta ou indireta do esquema com o partido, que concentrou desvios em estados com grandes orçamentos, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Operação e evidênciasEntre os documentos apreendidos, chamou atenção uma planilha detalhada que apontava a participação direta de Marcos Moura, identificado como “MM” ou “Amigo M” em contratos que somam mais de R$ 200 milhões. Esses contratos foram associados a estados como Amazonas, Goiás e Amapá.
A PF reforçou que as informações corroboram as evidências já apresentadas, indicando o envolvimento direto de Moura nas atividades ilícitas.
Repercussão e tentativa de defesaNesta quarta-feira, foi divulgado que Marcos Moura contratou advogados renomados e busca liberdade em Brasília. A relatora do caso, ligada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), também foi mencionada.
ConclusãoA apreensão dessa planilha destaca a pressão enfrentada pelo governo federal para agir contra um esquema de proporções aparentemente nacionais.
A investigação traz ecos da Lava Jato, com potencial para expor uma rede de corrupção que abrange tanto figuras políticas quanto empresários.
É fundamental que as autoridades avancem com celeridade no caso, garantindo a responsabilização dos envolvidos e o retorno dos recursos desviados aos cofres públicos.