Segundo informações do g1, Israel iniciou um ataque aéreo contra o Irã na madrugada de sábado (26), segundo o horário local, o que corresponde à noite de sexta-feira (25) no Brasil. Diversas explosões foram registradas na capital iraniana, Teerã. As Forças de Defesa de Israel comunicaram que estão realizando um “ataque preciso” direcionado a alvos militares.
A situação entre Israel e Irã tornou-se ainda mais crítica desde o início de outubro de 2023, quando Israel acusou o Irã de apoiar diretamente o Hamas em seu ataque ao território israelense. Nesse episódio, centenas de pessoas foram mortas e mais de 200 foram sequestradas, intensificando um conflito já existente na região. As ações do Hamas foram vistas como um catalisador para retaliações de ambos os lados, alimentando ainda mais as tensões entre Israel e o Irã.
Além disso, a retaliação iraniana não se limitou ao apoio ao Hamas. No dia 1º de outubro, o Irã lançou aproximadamente 200 mísseis contra Israel, supostamente em resposta a assassinatos de figuras-chave como Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, que foram atribuídas a operações israelenses. Esse ataque foi amplamente previsto após a morte de Ismail Haniyeh em Teerã, aumentando a expectativa de retaliação iraniana desde o verão passado.
O Direito à Defesa de Israel
O governo israelense declarou que suas ações contra o Irã são um exercício legítimo de autodefesa. Em comunicado, as forças armadas de Israel destacaram que, como qualquer nação soberana, têm o direito e o dever de proteger seu território e seus cidadãos. Essa postura firme tem sido a base para a mobilização de capacidades defensivas e ofensivas do país, demonstrando o compromisso de responder a qualquer ameaça percebida.
In response to months of continuous attacks from the regime in Iran against the State of Israel—right now the Israel Defense Forces is conducting precise strikes on military targets in Iran. The regime in Iran and its proxies in the region have been relentlessly attacking… pic.twitter.com/OcHUy7nQvN— Israel Defense Forces (@IDF) October 25, 2024
Os Estados Unidos, tradicional aliado de Israel, têm desempenhado um papel consultivo nos esforços de Israel para lidar com a ameaça iraniana. O presidente Joe Biden recomendou precauções específicas, como evitar instalações petrolíferas, em um esforço para minimizar uma escalada potencialmente desestabilizadora para a região como um todo.
Tehran right now.Israel penetrates Iranian airspace easily and is now bombing the IRGC.May it be the end of this rotten regime. pic.twitter.com/ZwtonjyWKB— 𝗡𝗶𝗼𝗵 𝗕𝗲𝗿𝗴 ♛ ✡︎ (@NiohBerg) October 25, 2024
Como foi a Resposta do Irã?
O Irã não permaneceu em silêncio após as declarações e ações israelenses. A mídia estatal iraniana informou que as autoridades de inteligência do país estão investigando os ataques israelenses, enquanto o governo iraniano prometeu uma resposta “subsequente e esmagadora” a qualquer contra-ataque de Israel. A retórica de vingança cresceu e autoridades iranianas, incluindo o aiatolá Ali Khamenei, foram realocadas para locais mais seguros para evitar possíveis ameaças.
Morte de Hassan Nasrallah: A morte do líder do Hezbollah em um ataque aéreo israelense levou o Irã a prometer retaliação.
Intensificação nos bombardeios: A série de trocas de ataques transformou a região em um barril de pólvora prestes a explodir.
Apoio ao Hamas: Parcerias entre o Irã e grupos terroristas como o Hamas continuam a complicar ainda mais a situação.
Escalada de Conflito
A escalada do conflito não apenas afeta diretamente Israel e Irã, mas também tem implicações profundas para toda a região do Oriente Médio. A incerteza política e a potencial interrupção nos fluxos de petróleo e comércio são preocupações significativas para a comunidade internacional. Além disso, a ameaça de um conflito mais amplo continua a pairar sobre a região, levando a especulações sobre a possível intervenção de potências globais para restaurar a estabilidade.
O efeito dominó dessa crescente hostilidade poderia potencialmente desestabilizar países vizinhos, aumentar a crise humanitária existente e influenciar alianças geopolíticas. A comunidade internacional, portanto, mantém um olhar atento sobre os desenvolvimentos, ciente de que o caminho para a paz exige diplomacia cuidadosa e, possivelmente, o envolvimento de mediadores internacionais.