A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou a adoção de cotas para pessoas transgêneros, travestis ou não-binários. A decisão foi aprovada com unanimidade na tarde de terça-feira (1). As vagas serão disponibilizadas pelo Edital Enem. Saiba mais na TVT News.
A proposta foi levada e defendida pelos coletivos estudantis para o Conselho Universitário da Unicamp (Consu). De acordo com o site da universidade, o Ateliê TransMoras e o Núcleo de Consciência Trans, estiveram a frente da movimentação.
O modelo prevê que os cursos com até 30 vagas regulares deverão ofertar, no mínimo, uma como vaga regular ou adicional para essa população. A modalidade de cotas trans fica a critério da congregação da Unidade. No caso de vaga extra, não haverá necessidade de preenchimento obrigatório.
Já os cursos com 30 ou mais vagas deverão ofertar duas vagas, podendo ser regulares ou adicionais. Quando não forem adicionais, essas vagas serão subtraídas das vagas de ampla concorrência existentes no sistema Enem-Unicamp.
O modelo define ainda que metade das vagas serão distribuídas atendendo aos critérios das cotas para pretos, pardos e indígenas (PPI).
O processo de seleção dos candidatos inclui autodeclaração na inscrição, com base no preconizado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, haverá exigência de um relato de vida, modelo já utilizado em outras Instituições de Ensino Superior (IES). Esse relato será submetido a uma comissão de verificação.
Veja manual de ingresso pelo Enem na universidade:
Veja outras faculdades que aprovaram cotas trans, além da Unicamp:
*Em atualização