Em cerimônia com promessas de transformação radical, Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos pela segunda vez. Com um discurso inflamado, ele disse que vai tocar uma “revolução do senso comum”, com a implementação imediata de medidas conservadoras que prometem impactar profundamente o país.
Cercado pela elite econômica, figuras como Elon Musk (X, Tesla), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon) estavam em posições de destaque durante a cerimônia. Os empresários também participaram de uma missa pela manhã, organizada para celebrar a nova gestão. Entre os convidados estavam dez pessoas indiciadas pela invasão ao Capitólio em 2021, simbolizando um aceno à base mais fiel de Trump. A cerimônia ocorreu na mesma sala vandalizada durante o episódio que marcou sua saída do poder.
“Milhões e milhões” de deportados
Trump iniciou seu mandato declarando uma “emergência de segurança nacional” nas fronteiras. Ele prometeu enviar tropas militares para conter o que chamou de “invasão” de imigrantes e afirmou que “milhões e milhões “de estrangeiros seriam deportados. “Vamos acabar com a invasão de nosso país. Chegou a hora de proteger os verdadeiros americanos”, declarou Trump em seu discurso.
As ideias de Trump
Um dos destaques da posse foi o anúncio de diversas ordens executivas que serão assinadas imediatamente, contornando negociações com o Congresso. Entre as medidas:
Deportação em massa de imigrantes e solicitação de pena de morte para estrangeiros condenados por crimes graves;
Restrição dos direitos LGBTQIAPN+, incluindo a definição biológica de sexo – Ele faz referência ao fim da “cultura woke“, apontada por extremistas como algo pejorativo dos liberais e progressistas, que defendem direitos de minorias;
Fim de programas de diversidade e restrição aos direitos reprodutivos das mulheres;
Proibição do uso do termo “desinformação” e ampliação da liberdade para mentir em redes sociais;
Expansão do uso de combustíveis fósseis e flexibilização de leis ambientais. “Vamos perfurar e perfurar”
Trump também assinou um decreto renomeando o Golfo do México para “Golfo da América”, gesto simbólico que ilustra sua política de reafirmação nacionalista.
As medidas anunciadas já provocaram reações no cenário internacional, especialmente no México. Trump alertou que pretende aumentar tarifas para produtos mexicanos e impor barreiras comerciais caso o país vizinho não colabore com as novas diretrizes de segurança. Em resposta, o governo mexicano afirmou que retaliará qualquer medida hostil.
O retorno de Trump à Casa Branca marca o início de um período de incerteza para os Estados Unidos e o mundo. Seus aliados prometem uma “restauração” de valores tradicionais, enquanto críticos temem um aprofundamento das divisões sociais e políticas. A “Era Dourada”, como prometida por Trump, parece destinada a ser um dos capítulos mais sombrios da história americana moderna.