EUA e Israel, potências nucleares, escalam violência no Oriente Médio. Enquanto Israel segue atacando toda região, Trump ameaça o Irã
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trabalha para escalar as tensões no Oriente Médio. Ele disse que “todos devem evacuar Teerã imediatamente”. A maior cidade do Irã tem mais de 10 milhões de pessoas, maior do que Nova York. A declaração foi feita em sua rede social, Truth Social, pouco depois do anúncio do envio de um novo grupo de porta-aviões norte-americano para a região. Entenda na TVT News.
Os fatos
“O IRÃ NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. EU DISSE ISSO VÁRIAS VEZES! TODOS DEVEM EVACUAR TEERÃ IMEDIATAMENTE”, escreveu, em tom alarmista e típico das publicações do político radical de extrema direita.
O fato é que EUA têm armas nucleares. Israel tem armas nucleares. O Irã não. Ao contrário, possui tratados e orientações para o uso exclusivamente pacífico da energia atômica. Outro fato: Israel atacou o Irã sem ser provocado, assim como atacou o Líbano, a Síria e massacra sistematicamente civis palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, territórios sob ocupação e violência extrema diária.
Mensagem de Trump em sua rede social
Porta-aviões de Trump
Apesar de não anunciar formalmente a entrada dos EUA na guerra entre Israel e Irã, a movimentação militar e o discurso inflamado sugerem um endurecimento da postura de Washington sob Trump frente a Teerã. O Pentágono confirmou o deslocamento de mais tropas e meios navais, incluindo o grupo de ataque liderado pelo porta-aviões USS Nimitz, que se junta à frota centrada no USS Carl Vinson.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, adotou um tom mais moderado, afirmando que a medida tem caráter defensivo. “Proteger as forças dos EUA é nossa prioridade, e esses movimentos visam aumentar nossa postura defensiva na região”, declarou.
Atualmente, os Estados Unidos mantêm cerca de 40 mil militares em bases distribuídas pelo Oriente Médio, número que vem crescendo desde os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
Presença ameaçadora, Turmp e crimes de guerra
Ao mesmo tempo em que Washington intensifica sua presença na região, os confrontos diretos entre Israel e Irã se ampliaram. Na noite de segunda-feira (16), a Força Aérea israelense realizou uma nova série de bombardeios contra alvos estratégicos em cidades iranianas como Teerã, Tabriz e Hamadã.
Entre os alvos, estão centros de lançamento de mísseis, baterias antiaéreas, depósitos de drones e um centro de comando militar na capital iraniana. Nesse ataque, foi morto o general Ali Shadmani, recém-nomeado responsável pela coordenação entre o Exército iraniano e a Guarda Revolucionária (IRGC). Shadmani substituía o general Gholamali Rashid, morto na última sexta-feira (13) em operação semelhante.
O ataque também atingiu a sede da televisão estatal iraniana, cuja transmissão foi interrompida ao vivo. Três funcionários morreram, e vários outros ficaram feridos. O governo israelense justificou o bombardeio afirmando que a emissora servia como aparato de propaganda militar.
O porta-voz da chancelaria iraniana, por sua vez, classificou o episódio como um “crime de guerra”.
Defesa iraniana
Na manhã desta terça-feira (18), o Irã respondeu com o lançamento de aproximadamente 30 mísseis balísticos contra cidades israelenses, incluindo Tel Aviv e Be’er Sheva. A maioria dos projéteis foi interceptada, segundo as Forças de Defesa de Israel, mas alguns conseguiram atingir o solo, deixando pelo menos dez feridos.
Durante a madrugada, outras três rodadas de mísseis já haviam sido disparadas, aumentando ainda mais a tensão no território israelense.
Evacuação de Teerã
Com o agravamento do conflito, milhares de moradores começaram a evacuar Teerã. Há relatos de engarrafamentos quilométricos, escassez de combustível e lotação nos aeroportos. A embaixada dos Estados Unidos emitiu um alerta máximo, recomendando a saída imediata de todos os cidadãos norte-americanos da cidade e do país.
O presidente Trump, que deixou antecipadamente a reunião do G7 no Canadá, descartou qualquer negociação de cessar-fogo no momento. “Queremos o fim total do programa nuclear iraniano. Só assim poderemos conversar”, afirmou a jornalistas.
Enquanto isso, a China iniciou uma operação de evacuação de seus cidadãos tanto do Irã quanto de Israel, pedindo que ambas as partes respeitem o direito internacional e garantam a segurança de estrangeiros.
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