O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou nesta segunda-feira, 26, que três pessoas foram presas em flagrante suspeitas de incêndio criminoso no estado de São Paulo. Ainda de acordo com o político, não existem mais focos ativos de chamas no território paulista.
As declarações foram feitas pelo governador em entrevista ao programa “Em Ponto”, da GloboNews. Conforme Tarcísio de Freitas, as prisões foram efetuadas em São José do Rio Preto (SP), em Batatais (SP) e em Porto Ferreira (SP). Segundo o político, os suspeitos estavam ateando fogo em áreas de mata com o uso de gasolina.
Apesar das prisões, o governador minimizou as possibilidades de que as queimadas sejam consequência de uma ação coordenada. “Nós tivemos pessoas que, aproveitando a situação de incêndio, resolveram fazer o descarte de materiais que estavam armazenados. […] Lixo, resíduos de construção, resíduos diversos e isso obviamente contribuiu para o alastramento”, declarou Tarcísio.
De acordo com o político, as investigações serão aprofundadas para descobrir a motivação dos incêndios criminosos. “Existem informações, relatos até de vídeo, em que as pessoas antecipadamente diziam: ‘olha, eu vou fazer isso, vou colocar fogo’. Então é o que será investigado pela Polícia Civil e a Polícia Federal também instaurou seu inquérito”, pontuou o governador de São Paulo.
Tarcísio de Freitas informou que foram mais de 20 mil hectares de área queimada e instalações destruídas, além da perda de animais e lavouras. “Eu diria que esses prejuízos vão passar a casa de R$ 1 bilhão, seguramente”, estimou o gestor estadual.
O governador afirmou que não existem mais focos ativos de incêndio no estado de São Paulo, mas ressaltou que as forças de segurança ainda estão mobilizadas para realizar trabalhos preventivos e evitar o avanço do fogo.
No domingo, 25, o governo do estado afirmou que ao menos 46 cidades estão em alerta máximo. De acordo com a Defesa Civil, a seca prolongada e os ventos fortes intensificaram o risco de novos incêndios.
Dez cidades suspenderam as aulas em decorrência dos efeitos gerados pelas queimadas nessa segunda-feira, incluindo o município de Ribeirão Preto (SP), um dos mais afetados pelos incêndios.