O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou a política fiscal do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT). Ele deu declarações durante encontro com secretários municipais de saúde no Palácio dos Bandeirantes, nesta quinta-feira (23).
– O desafio fiscal é gigantesco. Estou prevendo um ano difícil. Brasil não está indo bem. Está gastando muito. Está gastando o que não devia gastar. Vai ter reflexo em termos de inflação. Vai ter reflexo em política de juros. E o que a gente vai ver? A economia vai desacelerar – continuou o governador.
A fala considera uma eventual queda de arrecadação.
– Vocês vão sentir isso no fundo de participação do município, no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), no ICMS – disse.
Tarcísio afirmou que sua agenda liberal e o seu Programa de Parcerias e Investimentos em São Paulo (PPI) constituem a solução encontrada pelo governo estadual para conter a crise prevista por ele. A saída para tal seria usar a arrecadação com as vendas de estatais como “poupança”. Em 2025, a previsão é de R$ 50 bilhões com os dez leilões que vão acontecer.
– Por isso a gente fez privatização, por isso a gente cortou custeio, por isso a gente cortou 20% dos cargos, por isso a gente reviu benefícios tributários.
Freitas complementou que o efeito de desaceleração está vindo antes do esperado e criticou políticos que prometem entregas durante as eleições para vencê-las e não cumprem por falta de caixa.
– Na campanha, o pessoal chegava para mim e falava: “Candidato, você se compromete a fazer um hospital?”, e eu respondia: não, não vou fazer”. Então, o pessoal dizia: “Você foi sincero, vou votar em você mesmo não prometendo – disse o governador de São Paulo.
Tarcísio de Freitas é um dos principais cotados para substituir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na eleição presidencial de 2026 e derrotar o petismo.
O governador paulista já negou que concorrerá em mais de uma oportunidade e garante que tentará a reeleição em São Paulo.
*AE