Desde que Luiz Inácio Lula da Silva reassumiu o cargo de Presidente e Enio Verri tomou posse como diretor da Itaipu Binacional, a usina tem despendido quase R$ 3 bilhões em convênios. A partir de 2019, os custos acumulados chegam a R$ 7,5 bilhões, com um crescimento notável durante o terceiro mandato de Lula.
As reportagens da imprensa têm enfatizado as inconformidades em Itaipu. As publicações do jornal Folha de S.Paulo e Poder360 identificaram falhas no “Programa Bio Favela”, um projeto de R$ 24 milhões em colaboração com o Instituto Athus. Notas fiscais indicam a aquisição de 3.150 bolas da marca Penalty a custos exorbitantes, impróprias para crianças e em quantidade excessiva.
Foi divulgado pelo Estado de S. Paulo que a usina vai alocar R$ 750 milhões para a Unila, no Paraná, através de um fundo genérico não associado a projetos específicos. Adicionalmente, Itaipu planeja investir R$ 1,3 bilhão na COP30, em Belém.
Contudo, os incidentes mencionados são apenas uma pequena parte dos acordos duvidosos que podem ser identificados nas planilhas. A Revista Oeste examinou o conteúdo e descobriu mais de duas doações realizadas para personalidades vinculadas diretamente ao Partido dos Trabalhadores.
Itaipu financia palestras contra a Lava Jato No mês de outubro de 2023, a empresa binacional foi a patrocinadora do Balanço Crítico da Lava Jato, um projeto idealizado pelo Instituto da Defesa da Classe Trabalhadora (Ideclatra). Sob a aprovação de Verri, um montante de R$ 60 mil foi liberado como patrocínio para as conferências, que caracterizaram a Operação Lava Jato como um caso de “lawfare” contra Lula.
Vários meses se passaram e, em março de 2024, a Itaipu contribuiu com R$ 500 mil para a criação do Museu da Democracia, em parceria com o instituto. Miriam Gonçalves, ex-vice prefeita de Curitiba e atual presidente do Instituto da Defesa da Classe Trabalhadora, concorreu ao Senado em 2018 pelo PT, porém, não foi eleita.
Dinheiro para ONG de direitos LGBT e colegas de partido Em dezembro de 2023, seguindo o mesmo ritmo, Itaipu alocou R$ 4,2 milhões para o desenvolvimento colaborativo do projeto intitulado “Paraná Mais Diversidade: Promovendo a Inclusão e a Cidadania LGBTI+ no Paraná”.
O Grupo Dignidade, uma ONG pró-direitos LGBT fundada pelo ativista Toni Reis, foi a instituição beneficiada. Este grupo, que explicitamente apoia Lula em suas redes sociais, foi o beneficiário.
A ONG também recebeu R$ 100,9 mil em emendas parlamentares do gabinete de Gleisi Hoffmann em 2023, que na época era deputada federal e presidente nacional do PT. Essa informação pode ser verificada no site do Grupo Dignidade.
No mês de agosto de 2024, além dos acordos, os patrocínios também desempenharam um papel na liberação de fundos para organizações associadas a petistas. Naquele período, a Itaipu Binacional contribuiu com R$ 60 mil para a realização do “IX Encontro Nacional dos Tribunais de Contas”, um evento organizado pela Associação dos Membros dos TCUs.
João Antônio da Silva Filho, que é um dos principais diretores da associação e conselheiro do TCM-SP, é associado ao PT desde a fundação do partido.
A usina do PT A matéria de Silvio Navarro, destacada na capa da Edição 261 da Revista Oeste, aborda os escândalos relacionados aos gastos excessivos em Itaipu.
A matéria intitulada “Hidrelétrica sem lei” expõe que três ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva compõem o conselho de administração atual da usina. Ademais, os encarregados pelas transferências de recursos para ONGs e projetos têm vínculos com políticos do PT.
Não se pode negar que Itaipu se transformou em um abrigo para os aliados do partido, com membros ativos ocupando posições com uma remuneração média de R$ 20 mil. Janja da Silva é uma das pessoas que já fez parte dessa equipe, trabalhando na empresa por 16 anos, até que revelou seu relacionamento com Lula e saiu do cargo.As informações são da Revista Oeste.