Sigilos dos assassinatos de JFK, Robert Kennedy e Martin Luther King podem ser quebrados após décadas, é o que promete Donald Trump. Entenda a história dos segredos da CIA e do FBI em TVT News com a reportagem de Dayane Ponte.
Trump quer quebrar sigilos dos casos JFK, Robert Kennedy e Martin Luther King
O assassinato do então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1963, continua a levantar dúvidas e alimentar teorias da conspiração, mesmo após 61 anos do atentado. Agora, os norte-americanos e o mundo podem estar mais próximos de descobrir o que realmente aconteceu.
O ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva determinando a quebra do sigilo das investigações não apenas do assassinato de John Kennedy, mas também sobre o de seu irmão, Robert Kennedy, morto em junho de 1968, e do reverendo Martin Luther King Jr., assassinado em abril do mesmo ano. A liberação dos documentos já era uma promessa de Trump durante seu primeiro mandato (2017-2021), mas acabou sendo adiada por pressões da CIA e do FBI, que alegaram riscos à segurança nacional.
Segredos da CIA e do FBI: o caso JFK
Caso JFK é um dos maiores segredos da CIA e do FBI. John F. Kennedy foi assassinado, em 22 de novembro de 1963, durante um desfile em carro aberto na cidade de Dallas, Texas. À época, uma comissão liderada pelo presidente da Suprema Corte dos EUA, Earl Warren, foi criada para investigar o caso. O relatório final, conhecido como Relatório Warren, concluiu que o ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald foi o autor dos disparos e agiu sozinho.
Em 22 de novembro de 1963, presidente Kennedy na limusine em Dallas, Texas, na Main Street, minutos antes do assassinato. Também na limusine presidencial estão Jackie Kennedy, o governador do Texas John Connally e a esposa, Nellie. Foto: Walt Cisco, Dallas Morning News
Oswald foi preso horas após o crime, mas acabou morto dois dias depois, ainda sob custódia policial, por Jack Ruby, dono de uma boate em Dallas com supostas ligações com a máfia. Esse episódio levantou suspeitas e fomentou teorias da conspiração que sugerem o envolvimento do governo cubano, da CIA e da própria máfia no assassinato.
O Relatório Warren foi criticado, especialmente após a divulgação de documentos que indicaram alterações no texto final, incluindo a localização exata dos ferimentos em Kennedy. A comissão concluiu que Kennedy foi atingido por dois tiros disparados de trás, mas há quem defenda que o ferimento no pescoço foi causado por um disparo vindo de frente.
Qual é o sigilo do caso Robert Kennedy
Robert Kennedy: um caso menos debatido, mas igualmente controverso Robert Kennedy, irmão mais novo de John e então candidato à presidência, foi assassinado em 5 de junho de 1968 durante as prévias democratas. O crime foi atribuído a Sirhan Sirhan, um imigrante da Jordânia que teria agido motivado pelo apoio de Kennedy a Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Sirhan alegou não se lembrar do crime, e sua defesa sugeriu que ele poderia ter agido sob hipnose. No entanto, evidências encontradas em sua casa, incluindo anotações expressando o desejo de matar Kennedy, reforçaram sua culpa. Apesar disso, a motivação exata do crime segue sendo um mistério.
Qual o sigilo do caso Martin Luther King
Martin Luther King: conspiração comprovada. O reverendo Martin Luther King Jr. foi assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. A versão oficial apontava que James Earl Ray, um fugitivo de uma prisão no Missouri, era o responsável pelo crime. Ray confessou o assassinato, mas depois se retratou e alegou inocência.
Em 1993, Loyd Jowers, dono de uma lanchonete próxima ao local do assassinato, afirmou ter contratado um policial para executar King a pedido de um mafioso. Mais tarde, em 1999, um júri do Tennessee concluiu que o assassinato de King foi resultado de uma conspiração que envolveu, possivelmente, agências governamentais como a CIA, o FBI e o Exército dos EUA.
Martin Luther King Jr durante o famoso discurso I have a dream (Eu tenho um sonho). Foto: David Erickson/Wikimedia Commons
A promessa de revelação com a ordem executiva assinada por Trump, as autoridades têm 15 dias para apresentar um plano de divulgação dos registros relacionados ao assassinato de John F. Kennedy e 45 dias para os documentos sobre Robert Kennedy e Martin Luther King. A liberação desses materiais pode lançar luz sobre mistérios que há décadas dividem a opinião pública.
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Por Dayane Ponte