São Paulo — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na tarde deste sábado (29/6) no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, que a Caixa Econômica Federal não poderá liberar os recursos para a expansão da Linha 5-Lilás do Metrô até o bairro porque nem o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e nem o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) compareceram para assinar o contrato.
O evento no Jardim Ângela marcaria a formalização dos investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) na extensão da Linha 5.
“A gente ia assinar o contrato da chegada do metrô para chegar até aqui [ao Jardim Ângela]. Mas o prefeito, que nos deu o terreno, não veio, nem o governador. Então a Caixa Econômica Federal e o ministro das Cidades resolveram não assinar porque é importante a gente fazer isso junto com o governador e o prefeito”, disse Lula.
Nunes recusou o convite porque considerou que o evento seria um “ato político” e também por saber que seu nome foi excluído da placa de um lançamento realizado pela manhã, na zona leste. Além disso, no último dia 21, Tarcísio e o prefeito promoveram um evento de assinatura do contrato de extensão da Linha 5 – Lilás até a região do Jardim Ângela.
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSol), que participou do evento deste sábado ao lado de Lula, disse que a assinatura do dia 21 foi um ato político, marcada às pressas para que eles não participassem do ato com o presidente.
“Ato político foi o que ele [Nunes] foi fazer com o Tarcísio no Jardim Ângela na semana passada, sabendo que teria esse evento hoje. Montaram um negócio às pressas, um ato político, dizendo que uma obra do governo federal é dele”, disse o deputado.