No inquérito sobre tentativa de golpe, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, é indiciado por se associar a organização criminosa e por tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito. No documento é apresentado provas da atuação intencional em gerar dados falsos e divulgá-los para instaurar inseguranças em relação às urnas eletrônicas com o objetivo de manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder.
O presidente do Partido Liberal (PL) trabalhou com mais três pessoas na orquestração de informações falsas, são eles: o engenheiro Carlos Rocha, o estatístico Eder Balbino e o professor da Unicamp Paulo Geus. Os três eram subordinados que de fato produziram tabelas e relatórios de dados que alegavam que as urnas produzidas antes de 2020 apresentavam falhas que teriam comprometido as eleições presidenciais de 2022.
As informações foram produzidas e, mesmo sem serem finalizadas, Costa Netto apresentou elas a Jair Bolsonaro. Ambos tinham ciência de que não havia veracidade nos dados e que ainda apresentava claras inconsistências.
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O inquérito afirma que eles “não apenas tinham ciência da elaboração do relatório com dados falsos sobre as urnas eletrônicas, mas também foram os responsáveis por tomar a decisão de divulgar o conteúdo falso, que subsidiou a Representação Eleitoral do PL”.
Em conjunto, os dois políticos coligados ao PL decidiram divulgar para os seus apoiadores e apresentar a auditoria ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A intenção é que com a pesquisa instala-se, primeiramente, desconfiança no sistema eleitoral por parte dos brasileiro. Também havia a expectativa que com o relatório fosse possível anular as eleições que haviam eleito o atual presidente Lula e fizesse novas votações.
O inquérito realizado pela Polícia Federal (PF) indicia o presidente do PL com a seguinte conclusão:
“Nesse contexto, restou evidenciado que Valdemar Da Costa Neto não apenas tinham ciência da elaboração do relatório com dados falsos sobre as urnas eletrônicas, mas também foi um dos responsáveis, justamente com JAIR BOLSONARO, por tomar a decisão de divulgar o conteúdo falso, que subsidiou a Representação Eleitoral do PL.”
Também foram indiciados mais 36 pessoas: Carlos Rocha, o ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto, Mauro Cid e general Heleno.