Manifestação contrária ao habeas corpusO procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, se posicionou contra a soltura do general Mário Fernandes. Preso desde 19 de novembro, o militar havia solicitado habeas corpus no dia 17.
A PGR justificou que não há novos elementos que alterem a situação que motivou a prisão preventiva. O parecer ressalta que a decisão anterior permanece válida e embasada.
Risco à ordem públicaSegundo Gonet, os argumentos da defesa não afastam os elementos que sustentam a prisão preventiva. O parecer destacou o risco concreto à ordem pública devido à influência do investigado sobre outros envolvidos.
Mário Fernandes é apontado como figura de grande ascendência dentro do esquema investigado, o que justificaria sua manutenção sob custódia, conforme a Procuradoria Geral da República.
Plano golpista e acusaçõesDe acordo com a Polícia Federal, o general é acusado de participar do planejamento do chamado “Punhal Verde e Amarelo”. O suposto plano previa ataques contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
O militar, que ocupava o cargo de número 2 na Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, foi preso na operação Contragolpe, inicialmente no Rio de Janeiro, e transferido para Brasília em 5 de dezembro.
Defesa nega envolvimentoA defesa do general, liderada pelo advogado Marcus Vinicius Figueiredo, nega as acusações. Ele afirmou à CNN que o documento mencionado pela investigação como um plano golpista nunca foi entregue ou executado.
O advogado sustenta que as acusações são infundadas e que o cliente está sendo alvo de perseguição política, sem provas concretas que justifiquem a prisão.
ConclusãoA PGR mantém postura firme contra a soltura de Mário Fernandes, reforçando os riscos apontados na investigação. O caso expõe a gravidade das acusações e a tensão política em torno do episódio.