A proposta, que tem como ponto central a implementação de uma idade mínima de 55 anos para que militares se aposentem com reserva remunerada, promete aliviar os custos do governo.
Além disso, será criada uma regra de transição para aqueles próximos de completar 35 anos de serviço, com a imposição de um “pedágio” que obrigará esses militares a cumprirem mais um período de trabalho, uma medida que deveria ser mais rigorosa e menos indulgente.
Visita a Lula: um governo que tenta continuar fazendo concessõesA declaração de Padilha foi feita após uma reunião com Lula, em São Paulo, e, pelo que foi entendido, o presidente se mostra decidido a dar continuidade à sua agenda, com o respaldo de seus ministros.
Lula, que recebeu alta hospitalar no domingo (15), já está retomando suas atividades e convocou uma reunião ministerial para a próxima sexta-feira (20), com o intuito de avançar nas decisões. No entanto, apesar de necessárias, essas medidas são meramente paliativas e não enfrentam os reais problemas estruturais do Brasil.
Conclusão:O governo de Lula, mais uma vez, mostra sua verdadeira face ao adotar uma política de concessões. Ao enviar o PL dos Militares, o governo tenta minimizar a insatisfação das Forças Armadas, mantendo uma estrutura que, no fundo, beneficia uma pequena elite, enquanto o Brasil precisa de reformas estruturais urgentes. A medida de conceder um “pedágio” aos militares próximos de completar o tempo de serviço é um alívio temporário que não resolve o real problema das contas públicas.
Em vez de agir de maneira firme e radical contra os privilégios, o governo preferiu mais uma vez postergar as mudanças necessárias.