O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou a situação política que vive a Venezuela, avaliando que o país se afastou da democracia ao não demonstrar os valores da lisura e transparência no pleito presidencial. Na nota divulgada nesta terça-feira (30), o político brasileiro declarou que a luta pela democracia não admite seletividade.
– Numa democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegure a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demonstrar esses valores com clareza. A luta pela democracia não nos permite ser seletivos e casuístas. Toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for – afirmou.
A posição do presidente do Congresso Nacional ocorre após o Partido dos Trabalhadores reconhecer a suposta vitória do ditador Nicolás Maduro, antes mesmo de uma posição oficial do chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Itamaraty.
Na publicação, feita no site do partido e assinada pela Executiva Nacional da legenda, o PT chamou o ditador de “presidente Nicolás Maduro, agora reeleito” e defendeu que ele “continue o diálogo com a oposição”. A sigla chamou o processo de “uma jornada pacífica, democrática e soberana” e culpou as sanções internacionais, impostas em razão das ações autoritárias de Maduro, como responsáveis pelos “graves problemas da Venezuela”.
O enviado especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, por outro lado, disse à coluna de Marcela Rahal, da Veja, que o governo vai aguardar as atas das seções eleitorais para, só assim, se posicionar acerca do resultado da eleição no país vizinho.