O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), se esquivou da pergunta feita pelo pastor Silas Malafaia sobre sua ida à manifestação de 7 de Setembro, na Avenida Paulista. Na véspera do ato, o líder cristão indagou o empresário por meio do WhatsApp se ele participaria, mas Marçal limitou-se a mandar um abraço.
Em print divulgado pelo colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, é possível ver o jornalista Tiago Pavinatto fazer a ponte entre o pastor e o candidato. Na mensagem, Pavinatto explica a Marçal que estava jantando com o pastor da Advec (Assembleia de Deus Vitória em Cristo).
– Irmão, Malafaia questiona se você vai amanhã na [Avenida] Paulista – escreveu o comunicador às 21h06.
Sem resposta, o jornalista ligou para o empresário pouco menos de uma hora depois. Entretanto, novamente não teve retorno.
– Tô jantando com ele – acrescentou Pavinatto no chat.
Às 22h34, Marçal mandou mensagem para o jornalista, mas não respondeu à pergunta sobre a manifestação.
– Manda um abraço pra ele. Gosto muito dele – escreveu. Entretanto, Malafaia já havia ido se deitar.
Marçal só apareceu no fim do ato no dia 7 de Setembro, que pedia o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele foi impedido de subir no carro de som, porque chegou após os discursos contra o magistrado. Desde então, o atrito entre o empresário e o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganharam força.
– Os candidatos a prefeito por São Paulo foram convidados. O atual prefeito Ricardo Nunes e Marina Helena compareceram desde o início e tiveram uma conduta exemplar e respeitosa, à altura das pautas defendidas: “liberdade, anistia e equilíbrio entre os três Poderes”. O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso [com o evento já encerrado], quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público [fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros], e não foi permitido por questões óbvias – disse Jair Bolsonaro aos seus seguidores no WhatsApp, em mensagem revelada pelo colunista Igor Gadelha, de Metrópoles.
Marçal, por sua vez, afirmou que não chegou antes porque estava fora do país.
– Voltei para o Brasil e fui direto para o ato patriótico na Avenida Paulista, para o qual fui convidado pelo próprio presidente Bolsonaro. Fui surpreendido com o impedimento do acesso ao caminhão. Essa foi só mais uma manobra frustrada dos desesperados que tentaram me silenciar, mas foram calados pelo apoio maciço e caloroso do povo – assinalou.