São Paulo – O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) afirmou nesta segunda-feira (31/3) que vai punir professores da rede municipal de ensino que paralisarem suas atividades para participar de um protesto convocado por entidades sindicais para a próxima quarta-feira (2/4).
Sindicatos de diferentes categorias do funcionalismo municipal planejam uma manifestação para a data em meio à campanha salarial do grupo.
“[Educação] é um serviço essencial. As pessoas que forem utilizar dessa prática [paralisação] para poder fazer política partidária nós vamos descontar [salário]. Nós precisamos de profissionais responsáveis, que lutem pelos seus direitos, o que a gente defende sempre, mas que tenham responsabilidade com os nossos alunos, com a educação”, disse Nunes, em entrevista a jornalistas na zona norte de São Paulo.
O emedebista afirmou que não há motivo para a paralisação já que a data-base para as negociações salariais é em maio.
Os servidores municipais exigem reajuste de 12,52% nos salários, fim do confisco de 14% das aposentadorias, e melhores condições de trabalho e saúde.
Sindicatos divididosA participação de professores no protesto da próxima quarta tem sido convocada pela Aprofem, um dos sindicatos que representa os docentes.
Outras entidades dos trabalhadores da rede municipal, como Sinpeem, o Sinesp e o Sedin, no entanto, não vão aderir à paralisação. Como mostrou o Metrópoles, o grupo organizou um calendário de protestos nas diretorias de ensino e prevê uma grande manifestação para o dia 30 de maio.
O ato do dia 2 de abril, que será em frente à sede da Prefeitura, deve reunir entidades como o Sindsep, que representa os servidores municipais como um todo, o Simesp, dos médicos, e o Seesp, dos engenheiros.