Mais de 1,2 milhão de beneficiários do Bolsa Família conquistaram empregos em 2024. Mulheres são 57%
Um levantamento do governo Lula, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), revelou que as mulheres beneficiárias do Bolsa Família foram as principais responsáveis pelo saldo positivo de empregos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2024. Elas representaram 57% do saldo total de vagas ocupadas pelo público do programa, enquanto os homens responderam por 43%.
Os dados mostram que, do total de 1.278.765 postos de trabalho conquistados por beneficiários do Bolsa Família no ano passado, as mulheres ocuparam 728.896 vagas. Em termos de admissões, elas também lideraram, preenchendo 59% dos cargos contra 41% dos homens.
No Cadastro Único, que engloba outros beneficiários de programas sociais, o saldo de empregos seguiu a mesma tendência, com as mulheres respondendo por 54% das vagas ocupadas, o que representa 920.975 empregos, enquanto os homens ocuparam 46% (753.526 postos). Considerando apenas as admissões, as mulheres também ficaram à frente, com 55% das contratações em 2024.
Empregos no Brasil
O mercado de trabalho brasileiro teve um saldo positivo em 2024, com a criação de 1.693.673 empregos formais, um aumento de 16,47% em relação ao ano anterior. Desse total, 98,87% (1.674.501 empregos) foram ocupados por trabalhadores cadastrados no Cadastro Único, sendo que 75,5% desses estavam inseridos no Bolsa Família.
Do saldo de empregos gerados dentro do Cadastro Único, 395.736 vagas foram ocupadas por pessoas não beneficiárias do Bolsa Família, representando 23,37% do total. Para aqueles que não fazem parte do Cadastro Único, o saldo de empregos também foi positivo, com a geração de 19.172 vagas.
Protagonismo das mulheres
As mulheres representam a ampla maioria dos beneficiários do programa Bolsa Família, sendo 83,56% das destinatárias diretas dos recursos. O programa, um dos mais bem-sucedidos da história do país, atende mais de 20 milhões de famílias e passou por um período de retrocessos durante o governo Bolsonaro (2018-2022), quando foi substituído pelo Auxílio Brasil. Nesse período, aumentou expressivamente o número de beneficiários individuais, levando a suspeitas de fraudes e uso político do programa.
Com a retomada do Bolsa Família no governo Lula, uma revisão criteriosa foi iniciada para combater irregularidades e garantir que os recursos sejam destinados a quem realmente precisa. A previsão é de que esse pente-fino gere uma economia de R$ 20 bilhões em 2025. Apenas em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou um prejuízo potencial de R$ 34,2 bilhões em pagamentos indevidos, valor que está sendo auditado.
Atualmente, o Bolsa Família contempla 20,84 milhões de famílias, com um benefício médio de R$ 682,36 por mês. O programa também prevê adicionais de R$ 150 para 9,39 milhões de crianças de 0 a 6 anos, e valores complementares para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. Além disso, 823,56 mil gestantes recebem um adicional de R$ 50, reforçando o papel fundamental das mulheres no programa.
Estados com maior número de beneficiários
Os estados com maior volume de beneficiários do Bolsa Família são: São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Pará. O protagonismo feminino na inserção no mercado de trabalho reforça a importância do programa como ferramenta de emancipação econômica e social.