Com 25 partidos representados, a queda é de quatro legendas em comparação a 2020 e oito em relação ao recorde de 2016.
Esse enxugamento é atribuído ao fim das coligações para eleições proporcionais e à fusão de partidos menores, ações que visam reduzir a fragmentação política.
Impacto das mudanças nas regras eleitorais
As coligações partidárias, extintas em 2020 para cargos proporcionais, permitiam que votos em um partido beneficiassem candidatos de outras legendas.
O fim dessa prática prejudicou partidos menores, que agora enfrentam dificuldades para se manter competitivos.
Além disso, fusões, como a que originou o União Brasil (DEM e PSL) e o PRD (Patriota e PTB), não resultaram em ganhos políticos significativos, já que as legendas envolvidas eram de pequeno porte.
Declínio de partidos e fusões fracassadas
Partidos que optaram por fusões ou federações também enfrentaram retrocessos.
O Solidariedade e o Podemos, que incorporaram o Pros e o PSC, respectivamente, registraram quedas expressivas no número de eleitos.
Federações como a do PSDB e Cidadania (-73%) ou PT, PCdoB e PV (-51% e -42%) também demonstraram que unir forças não foi suficiente para superar os desafios impostos pelas novas regras.
Projeções para o futuro político
A tendência de redução de partidos deve continuar nos próximos anos, especialmente nas eleições de 2026.
Prefeituras controladas impactam diretamente o número de deputados federais eleitos, determinando o tamanho do Fundo Partidário e o tempo de propaganda no rádio e na TV.
Essa centralização de poder favorece partidos maiores e dificulta a sobrevivência de pequenas legendas.
Conclusão
Embora as mudanças busquem diminuir a fragmentação política, seus efeitos desproporcionais favorecem partidos de maior porte, que já concentram recursos e influência.
A esquerda, com seu histórico de pulverização política, sente os efeitos das reformas, enquanto a direita consolidada avança estrategicamente.