O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), comandado por Paulo Teixeira (PT), informou que 71,4 mil famílias foram assentadas em 2024. Entretanto, o MST rejeita esses números, afirmando que não houve a criação de novos assentamentos no período.Segundo o movimento, das famílias que o governo considera “assentadas”, apenas 38,9 mil passaram por um processo de regularização fundiária, o que, para o MST, não caracteriza um assentamento de fato.
A carta também reivindica a demarcação de terras indígenas e o reconhecimento de territórios quilombolas, apontando que essas ações estão sendo negligenciadas pelo governo.Críticas ao Congresso NacionalAlém de contestar a atuação do governo Lula, o MST direcionou críticas ao Congresso Nacional, acusando a maioria dos parlamentares de atuar em defesa do agronegócio. O movimento declarou que o Legislativo “faz do Poder Executivo seu refém”, dificultando o avanço de políticas sociais voltadas para a reforma agrária e outras áreas.Solidariedade Internacional
O documento do MST expressa apoio a países como Cuba, Venezuela e à Palestina, reafirmando seu alinhamento ideológico com regimes de esquerda. Em janeiro, representantes do movimento participaram da cerimônia de posse do ditador venezuelano Nicolás Maduro, demonstrando proximidade política com o regime.Paralisação na Reforma AgráriaA pressão do MST ocorre em um momento de embate político sobre a reforma agrária, uma bandeira histórica do PT que enfrenta desafios na prática. O movimento sustenta que a gestão atual não está atendendo às demandas de assentamentos e regularização fundiária, deixando a política de reforma agrária praticamente estagnada.A carta foi elaborada após quatro dias de reuniões da coordenação nacional do MST, realizadas em Belém (PA). O movimento busca intensificar sua pressão sobre o governo, pedindo ações concretas para atender às suas reivindicações.