Hugo Motta atendeu decisão de Moraes na terça-feira (10); pedido de extradição de Zambelli foi encaminhado ao governo italiano
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que bloqueou o salário e as verbas do gabinete da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foragida na Itália. Saiba mais em TVT News.
O bloqueio atende decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou uma série de ações após Zambelli divulgar seu paradeiro. A viagem da deputada — que incluiu passagem pelos Estados Unidos — para a Itália ocorreu depois de ser condenada a 10 anos de prisão, cassação do mandato e o pagamento de uma multa de R$ 2 milhões por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.
Encaminhado à Corte na terça-feira (10), o ofício suspende a remuneração de mais de R$ 40 mil, montante mensal recebido pelo cargo de deputada.
O pedido de extradição de Zambelli chegou à embaixada do Brasil na Itália nesta quinta-feira (12). Os diplomatas brasileiros devem entregar o documento ao governo italiano para que a extradição seja realizada.
Brasil e a Itália possuem um acordo de extradição que prevê a devolução do cidadão solicitado pela Justiça, desde que a pena seja superior a nove meses. O caso de Zambelli cumpre todos os requisitos da resolução. A deputada também foi incluída na Difusão Vermelha da Interpol, lista de criminosos procurados internacionalmente.
Hugo Motta recua sobre cassação do mandato de Zambelli
O presidente da Câmara afirmou também na terça-feira, que caberá ao plenário do Parlamento decidir se Carla Zambelli perderá seu mandato.
Inicialmente, Motta tinha confirmado que a Câmara dos Deputados cumpriria a decisão do STF de cassar o mandato de Zambelli, mas recuou. Segundo ele, “a decisão pode ser cumprida pela Mesa [Diretora] ou pelo Plenário. E é o Plenário que tem a legitimidade desta Casa e ele decide para onde a Casa vai. Ele é soberano e está acima de cada um de nós”, declarou.
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