Segundo a PF, Marcelo Câmara descumpriu medidas cautelares.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara, por tentativa de obstruir a investigação sobre o golpe de Estado. Leia em TVT News.
Marcelo Costa Câmara é ex-assessor especial da Presidência da República e trabalhou com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moraes determina prisão de Marcelo Câmara
Segundo a Polícia Federal, Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, descumpriu medidas cautelares. Ministro do STF determinou ainda investigação sobre advogado.
Alexandre de Moraes também instaurou inquérito contra Câmara e o advogado, Eduardo Kuntz, que informou ter conversado com o tenente-coronel Mauro Cid sobre o seu acordo de delação.
Segundo o ministro, Marcelo Câmara descumpriu medidas cautelares impostas no inquérito sobre organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado.
Ainda de acordo com o ministro, o comportamento revela “completo desprezo por esta SUPREMA CORTE e pelo Poder Judiciário”.
No pedido de prisão, Moraes cita informações da própria defesa de Câmara que indicam o descumprimento de duas determinações:
a proibição de utilização de redes sociais, seja de forma direta ou indireta,
e a vedação de manter qualquer tipo de contato com os demais investigados, inclusive por intermédio de terceiros.
De acordo com o ministro, “as evidências apontam para a continuidade das práticas ilícitas investigadas e podem agravar a situação processual de Câmara”.
Investigação do advogado de Marcelo Câmara
Moraes também determinou a abertura de um inquérito para investigar o advogado Eduardo Kuntz, que atua na defesa de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência no governo Bolsonaro.
O ministro vê indícios de tentativa de obstrução da investigação que apura a organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado.