Segundo ele, se há corrupção no Estado, é porque o setor privado também está envolvido. Para Carvalho, a corrupção sempre depende de dois lados: a oferta e a demanda, e ambas as partes precisam ser responsabilizadas.
Essa visão mostra que o governo, muitas vezes, tenta desviar a atenção da verdadeira causa do problema, que envolve tanto o Estado quanto empresas privadas, muitas delas com fortes laços políticos e econômicos.
Novas obrigações para empresas O ministro anunciou um decreto que impõe novas exigências a empresas com contratos acima de R$ 240 milhões com o governo. Agora, essas empresas terão que apresentar planos de integridade, ou seja, promessas de boas práticas que, na prática, podem não ser fiscalizadas adequadamente.
A ideia é que essas empresas combatam a corrupção internamente, mas a experiência mostra que políticas desse tipo muitas vezes acabam se tornando apenas mais uma burocracia, sem resultados tangíveis.
O governo finge que está tomando medidas, mas o controle real sobre os contratos públicos continua frouxo e sem eficácia.
Ações insuficientes e questionáveis contra a corrupção Essa medida da CGU é apenas uma tentativa de dar uma impressão de ação contra a corrupção enquanto o Brasil continua atolado em escândalos de impunidade?
O governo tenta passar a ideia de que está combatendo a corrupção ao estender a fiscalização, mas o que realmente está em jogo é o controle cada vez maior sobre o setor privado, sem que os resultados sejam efetivos.
As soluções propostas são paliativas e não atacam o problema real da corrupção no Brasil, que está profundamente enraizado em todas as esferas de poder.
Conclusão O governo se esconde atrás de medidas superficiais e burocráticas para dar a falsa impressão de que está resolvendo o problema da corrupção.
No entanto, ao se concentrar em fiscalizar empresas, sem dar a devida atenção à eficácia interna do próprio governo, o Brasil parece continuar na mesma rota de impunidade e falhas administrativas.