São Paulo — Comandado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o PL Mulher criou um canal para receber denúncias de eventuais coligações do partido com legendas de esquerda nas eleições municipais deste ano. A sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) proibiu esse tipo de aliança em todo o país.
No comunicado, Michelle cita como um dos exemplos para esse veto o posicionamento de partidos de esquerda que não condenaram o processo eleitoral na Venezuela, que culminou com a reeleição de Nicolás Maduro pela terceira vez, sob acusações de fraude pela oposição.
A mensagem diz que as “denúncias sobre coligações irregulares” serão analisadas e encaminhadas às esferas da estrutura partidária responsáveis para tomar as medidas cabíveis. De acordo com a nota, as queixas poderão ser encaminhadas até o dia 15 de agosto, prazo final para o registro das coligações na Justiça Eleitoral.
O texto, porém, não especifica quais partidos são considerados de esquerda e, portanto, não podem ser coligados com PL em nenhuma das eleições municipais pelo país.
Na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, por exemplo, o PL integra a coligação que apoia a candidatura a prefeito do deputado estadual Gerson Pessoa (Podemos), que também conta com o apoio de partidos como o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e o PDT, que como o Ministério da Previdência no governo Lula.