A defesa apresentou mais de dez requerimentos ao magistrado, argumentando que o perdão natalino concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado a presidiários também deve ser aplicado a Silveira.“Os múltiplos pedidos só existem devido às reiteradas omissões e decisões atribuídas ao ilustre julgador”, afirmou Michael Robert, um dos advogados de Silveira, que atua no caso ao lado de Paulo Faria, Sebastião Coelho e Paola Silva.Segundo ele, a análise do indulto é essencial para evitar gastos desnecessários aos cofres públicos, uma vez que Silveira teria direito ao benefício de clemência presidencial concedido por Lula.
Além da solicitação de indulto, os advogados pediram que o caso fosse enviado com urgência à Procuradoria-Geral da República (PGR), citando o estado de saúde do ex-deputado.Detido no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro, Silveira voltou a apresentar crises renais e chegou a urinar sangue, segundo a defesa.
A ordem de prisão contra Daniel Silveira foi determinada por Moraes na véspera do Natal, sob a justificativa de que o ex-parlamentar descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF.No dia anterior à detenção, Silveira procurou atendimento médico no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis (RJ), devido a dores lombares. Após sair da unidade, ele teria se deslocado para outros endereços no domingo.A defesa sustenta que, naquele dia, ele estava autorizado a sair de casa. Moraes está numa posição complicada do ponto de vista jurídico, mas isso parece que pouco importa.Por outro lado, segundo fontes do Supremo, ao perceber a possibilidade de uma eventual revogação de seu visto americano, o ministro reagiu imediatamente com ironia em conversa com outros integrantes do STF.
Porém, os risos de Moraes devem ter sido de “pavor” já que uma forte reação se desenha bem na sua frente.