Na última segunda-feira (23/9), um evento tumultuado marcou os debates eleitorais para a Prefeitura de São Paulo. O candidato Pablo Marçal (PRTB) fez uma live em que alegou que seu assessor, Nahuel Medina, agiu em legítima defesa ao socar o marqueteiro da campanha de Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima. A alegação veio após imagens que circulam nas redes sociais mostrando Lima tentando tirar o celular da mão de Medina, que estaria gravando.
Marçal afirmou que Lima teria “comemorado” a expulsão de Nunes, o que desencadeou a confusão. Na live, ele também exibiu um vídeo do momento que antecedeu a agressão. As cenas mostram Duda Lima tentando tirar a câmera da mão de quem grava, sem mostrar seu próprio rosto. Em resposta, Medina publicou uma imagem de sua mão lesionada com a legenda “eu só me defendi instintivamente”.
Reprodução/Instagram
Durante as considerações finais do debate, Marçal fez declarações polêmicas que culminaram em sua expulsão do evento. Ele afirmou que Nunes seria “preso” e que a dinâmica do debate parecia uma “escolinha do professor Raimundo”. Após essas falas, a confusão tomou conta do palco do Flow, um famoso estúdio de gravações. A transmissão foi interrompida e, segundo o jornalista Carlos Tramontina, Duda Lima acabou com o rosto ensanguentado após ser atingido por um soco.
Marçal faz live
A resposta parece ser complexa. Marçal, visivelmente emocionado durante uma live posterior, pediu perdão pelo ocorrido e alegou que o debate careceu de “isonomia e equidade”. Ele também afirmou ser vítima de perseguição, citando que os demais candidatos fazem parte de um “consórcio comunista”. Em momentos de maior emoção, Marçal atacou a imprensa e outros candidatos, usando termos pejorativos e acusações graves.
A confusão não foi um evento isolado. Antes mesmo da transmissão do debate, Marçal e Nunes já haviam trocado farpas. Em um trecho de vídeo publicado nas redes sociais, Marçal chamou Nunes de “tchutchuca do PCC” e “ladrão de merenda”, entre outras ofensas. Nunes não deixou barato e retrucou, chamando Marçal de “condenadinho” e afirmando que “quem investiga é a polícia”. Essas declarações foram feitas poucos momentos antes de Nunes subir ao palco para a entrevista que antecedeu o debate.
O cenário político em São Paulo tem mostrado uma escalada de tensões que pode impactar tanto os debates futuros quanto a própria campanha eleitoral. Com os ânimos exaltados, é possível que novas confusões ocorram, tornando o ambiente ainda mais adverso. A esperança é que as próximas semanas tragam um tom mais pacífico e centrado nas propostas, beneficiando os eleitores que aguardam soluções reais para os problemas da cidade.