Rejeição ao ex-presidente na corrida presidencial é unânime na direita, esquerda e no centrão
Uma Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (2) revela que 51% dos deputados federais querem que Jair Bolsonaro (PL) desista da candidatura em 2026. Condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, o ex-presidente está inelegível até 2030, mas continua se apresentando como pré-candidato. Entenda os dados da Quaest na TVT News.
Deputados não querem que Bolsonaro dispute em 2026
A pesquisa Quaest foi realizada com 203 deputados federais (40% da Câmara) e dividiu os grupos com base no grupo ideológico a que pertecem (45% se definiu como de direita, 25%, de centro e 21%, de esquerda) e se os parlamentares se consideravam parte da base do governo ou da oposição (32% se declarou como parte da base, 32%, da oposição e 27%, como independentes).
51% dos deputados federais defende que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura às eleições de 2026, enquanto 23% defende que o ex-presidente deve manter e 26% não soube ou não quis responder.
Candidatura de Bolsonaro em 2026 é rejeitada por deputados. Imagem: Quaest/Reprodução
A rejeição à candidatura também é maioria na base de governo (55%) e entre os autodeclarados independentes (65%). Nestes grupos, o apoio a candidatura foi defendido por 14% e 10% dos deputados federais, respectivamente. Na oposição, os posicionamentos quase empatam: 47% defende que o ex-presidente deve abrir mão da candidatura, enquanto 49% quer que ele mantenha.
No recorte ideológico, se destaca a grande rejeição dos deputados federais de centro à candidatura de Bolsonaro: 78% dos parlamentares são contra e apenas 2%, a favor. Na direita, 50% não quer Bolsonaro nas eleições de 2026, enquanto 42% quer. Entre a esquerda, 40% rejeita o ex-presidente na disputa eleitoral e 18% acredita que ele concorrer.
A pesquisa Quaest também questionou os deputados federais sobre pautas que estão em debate no Congresso, como a escala 6×1. Os dados revelam que 88% dos parlamentares de direita são contra o fim do regime de trabalho exaustivo, o que se repetiu na opinião de 70% dos deputados de centro ouvidos. Leia mais abaixo: