A maioria das escolhidas entre os dois turnos representa partidos de direita ou centro-direita, com 348 nomes mais votados no primeiro turno, 47,9% no total. Em seguida, vem os partidos do “centrão”, com 251 de gestoras. As prefeitas de esquerda e centro-esquerda são 129.
Em Campo Grande, o segundo turno foi disputado pela primeira vez por duas mulheres. Reeleita na capital sul-matogrossense, Adriane Lopes, do Progressistas, é apadrinhada pela senadora Tereza Cristina (PP) e recebeu o apoio de Jair Bolsonaro (PL) pelas redes sociais após o candidato que ele apoiava, Beto Pereira (PSDB), ficar em terceiro lugar no primeiro turno. A ex-deputada Rose Modesto (União Brasil) foi a rival de Adriane e perdeu a disputa por uma diferença de pouco menos de 3% de votos.
Outro nome feminino ligado ao ex-presidente é Emília Corrêa, do PL, que se tornou a primeira mulher prefeita de Aracaju. Nas redes sociais, agradeceu pela vitória: “Estouramos a bolha, Aracaju!”. Lopes e Correa foram as únicas mulheres eleitas em capitais neste segundo turno.
No Tocantins, a candidata Janad Valcari – favorita nas pesquisas – surpreendeu ao perder a disputa para Eduardo Siqueira (Podemos). A advogada fez ato ao lado de Bolsonaro na véspera da eleição e acumulou apoiadores ligados à direita, como o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).
Nas eleições municipais, 15,2% dos candidatos à prefeitura eram mulheres – o número de eleitas foi ainda menor: 13,2%. No legislativo, o porcentual chegou a 35%, ainda próximo à cota eleitoral feminina de 30%.
*AE