Discurso em reunião ministerialO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja reafirmar o compromisso fiscal de seu governo durante a abertura da última reunião ministerial do ano, programada para esta sexta-feira (20). O objetivo é tranquilizar o mercado financeiro e pressionar a queda do dólar, que atingiu R$ 6,20 nesta terça-feira (17).
Ajustes orçamentários como estratégiaNo discurso, Lula deve destacar a importância do pacote fiscal e sinalizar que, se necessário, novos ajustes orçamentários poderão ser realizados nos próximos dois anos. Essa medida visa reforçar a credibilidade do governo junto ao mercado e conter a escalada da moeda norte-americana.
Ceticismo no governoApesar das medidas adotadas, há dúvidas dentro do governo federal sobre a eficácia dessas ações na redução do dólar. Assessores econômicos reconhecem que, mesmo com aprovações no Congresso Nacional, a moeda tem se mantido em alta, influenciada por fatores externos e acontecimentos alheios à política fiscal, como a saúde do presidente.
Sugestões para o mercado financeiroNo Palácio do Planalto, assessores sugerem que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inicie 2025 com um “roadshow” junto ao mercado financeiro. A estratégia busca aproximar o governo dos investidores e reforçar a confiança nas diretrizes econômicas do próximo ano.
Balanço de 2024 e diretrizes para 2025Além de abordar questões fiscais, Lula deve fazer um balanço do ano de 2024 e apresentar orientações estratégicas para 2025 durante a reunião ministerial. Esse momento será crucial para alinhar os ministérios e reforçar os objetivos do governo.
ConclusãoEmbora a tentativa de reafirmar o compromisso fiscal seja válida, o governo precisa agir de forma mais assertiva e antecipada. A ausência de medidas concretas para atacar as causas estruturais da alta do dólar demonstra falta de planejamento. É necessário ir além de discursos e adotar políticas robustas que inspirem confiança real no mercado e promovam estabilidade econômica.
